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Biografia de Chico Anysio

Admirado pela capacidade de fazer rir com seus tantos personagens, Chico Anysio foi um dos grandes nomes do humor brasileiro. Conheça sua história

12/04/1931 23/03/2012
Biografia de Chico Anysio

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, conhecido como Chico Anysio (Maranguape, 12 de abril de 1931 — Rio de Janeiro, 23 de março de 2012, foi um humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, com a qual tinha contrato até 2012. Morreu aos 80 anos de idade.


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Chico Anysio 1

Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha seis anos de idade. Decidiu tentar fazer um teste para locutor de rádio quando a sua irmã também faria. Saiu-se excepcionalmente bem no teste, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, por coincidência, o próprio Silvio Santos. Na rádio na qual trabalhava, a Rádio Guanabara, exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Na década de 1950, trabalhou nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.
Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.


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Vida Familiar

É pai do ator Lug de Paula, do casamento com a atriz e comediante Nancy Wanderley; do também comediante Nizo Neto e do diretor de imagem Rico Rondelli, da união com a atriz e vedete Rose Rondelli; de André Lucas, que é filho adotivo; do DJ Cícero Chaves, da relação com a ex-frenética Regina Chaves; e do ator/escritor Bruno Mazzeo, do casamento com a ex modelo e atriz Alcione Mazzeo.
Também teve mais dois filhos com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, Rodrigo e Vitória. É irmão da falecida atriz Lupe Gigliotti, com quem contracenou em vários trabalhos na televisão; do cineasta Zelito Viana; e do industrial, compositor e ex-produtor de rádio Elano de Paula. Também é tio do ator Marcos Palmeira, da atriz e diretora Cininha de Paula e é tio-avô da atriz Maria Maya, filha de Cininha com o ator e diretor Wolf Maya.
É casado com a empresária Malga Di Paula.


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Só amor Lúcio Mauro

Chico Anysio era só amor. Dele fica a saudade. O Brasil inteiro hoje se pergunta: ‘E agora? Como será sem o Velho Chico?’. Eu tive vários irmãos na vida e Chico Anysio foi um deles. Juntos, fizemos parcerias maravilhosas na televisão. Em uma delas , não tínhamos sequer texto decorado. Nos conhecíamos tão bem que tudo saía na base do improviso e o público adorava.

Convivi com esse mestre do humor por 70 anos. Nossa amizade sempre foi permanente, diária. Ele era um membro da minha família e eu, um da dele. Se ficássemos muitos dias sem nos ver, por telefone nos falávamos para amenizar a saudade. Agora que ele nos deixou, o Brasil inteiro chora e ver o povo chorar também me emociona.

Todos conhecem a importância de Chico Anysio, mas se ele estivesse aqui vendo tudo isso e ouvindo o que estou dizendo a seu respeito, diria que era tudo mentira, que estou dizendo isso porque sou amigo dele.

Era um grande homem e eu não tive um momento inesquecível com Chico. Todos os meus momentos ao lado dele foram inesquecíveis, ao lado de um amigo de verdade. Vá com Deus, Grande Chico!


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Sinopse Artística

Ao dirigir e trabalhar ao lado de grandes nomes do humor brasileiro no rádio e na televisão, como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha, Walter D´Ávila, Jô Soares, Renato Corte Real, Agildo Ribeiro, Ivon Curi, José Vasconcellos e muitos outros, tornou-se um dos mais famosos, criativos e respeitados humoristas da história do país. Morreu no dia 23 de março de 2012, às 14h48, no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro por conta de uma falência múlltipla de órgãos.


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Biografia 2

Chico Anysio foi um dos responsáveis pela intermediação referente ao exílio de Caetano Veloso em Londres. Quando completou dois anos de exílio, Chico enviou uma carta para Veloso, para que este retornasse ao Brasil. Caetano e Gilberto Gil haviam sido presos em São Paulo, duas semanas depois da decretação do AI-5, o ato que dava poderes absolutos ao regime militar. Trazidos ao Rio de carro, os dois passaram por três quartéis, até viajarem para Salvador, onde passaram seis meses sob regime de prisão domiciliar. Em seguida, em meados de 1969, receberam autorização para sair do Brasil, com destino a Londres, onde só retornariam no início de 1972.
Desde 1968, encontra-se ligado à Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num "cast" que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também a relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo nos anos 1990, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada em 1996 por um acidente em que fraturou a mandíbula.
Em 2005, fez uma participação no Sítio do Pica-pau Amarelo, onde interpretava o "Dr. Saraiva" e, recentemente, participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo.


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Saúde

O humorista foi internado no dia 2 de dezembro de 2010, quando deu entrada no hospital devido a falta de ar. Na avaliação inicial, detectectou-se obstrução da artéria coronariana, assim, foi submetido à angioplastia. Chico Anysio ficou 109 dias internado, recebendo alta apenas no dia 21 de março de 2011. Neste período, o humorista, na maior parte do tempo, na UTI.
Em 23 de abril de 2011, Chico Anysio retornou ao programa "Zorra Total" interpretando a personagem Salomé. No quadro, Salomé conversa de mulher para mulher com a presidenta Dilma Rousseff.
No dia 30 de novembro de 2011, foi internado novamente, devido a uma infecção urinária. Recebeu alta 22 dias depois, em 21 de dezembro de 2011, mas já no dia seguinte voltou a ser internado, com hemorragia digestiva. Em fevereiro de 2012 foi diagnosticado com uma infecção pulmonar.
Apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal em 21 de março de 2012.
Com a saúde cada vez mais debilitada, veio a morrer no dia 23 de março de 2012, de uma falência múlltipla de órgãos no Hospital Samaritano.


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Referência Renato Aragão

Chico Anysio é uma referência para nós brasileiros, criativo, determinado, um grande humorista, de um coração que não cabia no peito. Partiu deixando alegria para todas as gerações.


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Homenagem a Chico Anysio

No prefácio da obra A alegre história do humor no Brasil de Jota Rui (Ed. Expressão e Cultura, 1979) Chico Anysio escreveu que: “O humor acusa, satiriza, descobre, desmoraliza, critica, eleva, deforma, informa, destrói, constrói, imortaliza, enterra, açoita e acaricia.”
Levou esta máxima como aríete e estandarte em seus programas de TV, livros e peças de teatro.
Aliou caracterização a ótimos textos e dizia não crer em humor sem palavras.
Expôs a debilidade dos “heróis nacionais do futebol”, deu voz a uma nação inteira em telefonemas a um general presidente, mazelas de ser professor, a filhadaputagem de exploradores religiosos em um tempo pré Edir Macedo e afins.
Cutucou políticos corruptos, astros decadentes, costumes variados sem nunca se render a praga do politicamente correto.
Um de seus bordões mais famosos- de Justo Veríssimo - manda na lata um indigesto: "-Eu quero que pobre se exploda!", mesmo estando na classe C e D sua maior parcela de audiência...
Seus mais de duzentos personagens vinham de todas as regiões do país democratizando o riso.
Mas ainda assim, Chico Anysio não é o maior humorista deste país... Aragões, Soares e afins podem ficar com o título.
Chico é O HUMOR.


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