Frases de Fagner
Ele tem mais de quatro décadas de sucesso, musicou poemas, compôs trilhas e se aventurou com uma infinidade de ritmos, mas manteve-se fiel aos elementos nordestinos. Conheça Raimundo Fagner, os dos grandes nomes da música brasileira.
Política Fagner, sobre Aécio NevesSou amigo do Aécio há mais de 30 anos. Conheci antes de ele subir no palanque e ser político. Eu tenho uma ligação histórica com o PSDB, já fui filiado. No Ceará, a geração Tasso [Jereissati] era contra os coronéis e eu me engajei nisso. Viajei fazendo campanha, coloquei Tom Cavalcante no palco. Fiz amizade com muitos nomes do PSDB, entre eles o mais garoto era o Aécio. Então, fui como amigo e, com o estrago que está o PT hoje, tinha por obrigação apoiá-lo. Muita gente não entendeu. No aeroporto, me falaram “você é muito corajoso”, já outros que sabiam que eu sou nordestino me criticavam. Eu passei um mês no meio dessa briga dividida.
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Internet FagnerSou contra as pessoas baixarem música de graça. A música, para chegar ali, teve gasto. Tenho iPod mas nunca usei. Comprei nos EUA. É fantástico ver as pessoas ouvindo tudo, mas que isso seja legalizado. Ainda tenho muitas fitas cassete.
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Pássaros Urbanos Fagner, sobre lançamentoCom certeza não voltará a ser como era, vendendo milhões, mas acho que o mercado está se recuperando, se reposicionando em vários formatos. Esse disco pode ser um termômetro do que ainda se pode vender. Sempre fui um bom vendedor.
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Futuro FagnerEu e os da minha geração continuamos cultuados pela qualidade do que a gente fez e faz. Mas a inutilidade das novas canções de sucesso me preocupa. É uma música que não tem futuro.
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Chico Buarque e futebol FagnerO Chico é muito meu amigo, mas prefiro jogar contra ele. Ele tem uma maneira de administrar o time diferente. Temos leituras diferentes.
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Estilo FagnerBossa Nova é música de Mauricinho.
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João Gilberto FagnerEndeusam demais. Fez aquilo e ficou naquilo. Parou de criar, é o eleito da nata. Não se compara a Tom e Vinicius, que tiveram uma obra vasta. São melhores que João, produziram mais. É meu gosto e não se discute.
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Legalização das drogas FagnerA vida é livre. Essas coisas de droga, eu não sou muito por dentro. Mas, vendo a violência do tráfico, acho que temos de achar outro caminho que não o da repressão. Tem muita gente presa por pouca coisa e muita gente solta por muita coisa. É praticamente um caos institucional que bate em todos os tipos de entendimento social. Temos de resolver de outra forma. Isso deveria entrar na pauta. Só não sei se há boa vontade política ou qualidade institucional para resolver isso.
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Futuro do Brasil FagnerCaramba, eu espero que a gente resolva esse monte de problema que estamos vivendo agora. Mas ainda vai vir muito problema estrutural. Espero que suportemos essa avalanche que está sendo desvendada.
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Geração FagnerEu faço parte de uma geração muito rica da música brasileira, dos anos 70 e dos anos 80, e até hoje ecoa o sentimento, a musicalidade, as composições, o que se falou de Brasil.
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Fama FagnerOnde tem muito artista falando, já se sabe que não é coisa boa.
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Amizade Fagner, sobre a amizade com Zé RamalhoNós somos amigos há muitos anos. Desde que eu estava na CBS, ele foi um dos artistas a começar a carreira por lá, como Elba [Ramalho] e Amelinha. Com o tempo, a gente começou a compor, ele me deu um grande sucesso, “Eternas Ondas”. Por conta desse histórico, ele veio aqui em casa [ambos moram no mesmo prédio, no Rio de Janeiro] para refletir sobre o que já fizemos e falou “Pô, vamos fazer um disco para concluir essa parceria”. É uma interação da obra de um com o outro: a reunião de dois caras que estão resistindo esse tempo todo, que têm discografias fortes, públicos muito grandes. É a coisa nordestina, de uma geração inteira.
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Calypso FagnerEles fazem uma música que vem na esteira da dança. Fazem uma coisa de carimbó misturada com lambada. É música de espetáculo. Não é forró autêntico, são forrós envenenados, têm seu valor como espetáculo e como movimento de multidão. Hoje há muitas bandas de forró que arrasam, mas não têm qualidade. O próprio axé faz a meninada dançar. E só.
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Zeca Baleiro FagnerA coisa mais bacana que acontece comigo hoje é a química com o Baleiro. A gente se entende bem.
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Hoje em dia FagnerA música ficou mais dançante, feita para que deem pouca atenção ao que se diz. Está cheia de chavão. Não requer qualidade, ficou simplória.
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Bossa Nova FagnerVinicius foi o primeiro e único e Tom é gênio, mas não eram Bossa Nova, eles criaram canções. Aquele foi o melhor momento da música brasileira, mas o que eles fizeram não foram canções brasileiras. Eles são gênios. O movimento inteiro dizia ser Bossa Nova, com aquela batidinha.
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Música FagnerÉ chato e antiético fazer comparação, mas eu acho que a nossa geração trouxe uma música de referência, até por causa da época. Hoje, é uma música mais descartável. Claro, tem casos isolados que têm novidades.
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Descartável FagnerO que essa moçada vai ouvir daqui a alguns anos, para lembrar de passagens de suas vidas? É tudo descartável, não vai ficar.
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