Frases de Inezita Barroso
Uma mulher brasileiríssima e carismática, assim era Inezita Barroso. Ela enfrentou a família abastada para seguir carreira como cantora, além de vivenciar de perto a música regional, desenvolvendo um belo trabalho como folclorista.
Cantoria Inezita BarrosoMeu pai sempre apoiou. Minha mãe era mais fechada. Ela dizia: Quer cantar? Então não vai pro palco! Aí eu já tinha uns 15, 16 anos. Então não vai cantar em palco, vai cantar no coro da igreja! Eu cantei muito no coro.
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Povão Inezita BarrosoComecei cantar já muito pequenininha. Eu nasci num domingo de carnaval aqui na rua Lopes de Oliveira, do lado de lá, na Barra Funda, e estava passando na porta o cordão Camisa Verde. Nem se falava em escola de samba, mas hoje é a Escola Camisa Verde e Branco. Então, a primeira música que eu ouvi na minha vida, acabando de nascer, foi do povão mesmo.
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Modas caipiras Inezita BarrosoSão duas coisas diferentes, raízes diferentes, né? Porque no piano você estudava coisa erudita e todos aqueles compositores, Chopin, Bach, Brahms, e na viola eram as modas caipiras do João Pacífico, um ícone.
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MPB Inezita BarrosoTenho assistido a uma coisa muito triste e a uma certa decadência em alguns aspectos. Os brasileiros estão copiando muita coisa de fora. Temos que mostrar aos estrangeiros que valorizamos o que nós temos aqui. A MPB teve grandes picos e elevações no passado, como Chico Buarque, Milton Nascimento e Caetano Veloso... Cadê essa gente? Essa coisa de “eu fui no baile, eu fui no baile...” criança faz. Eu não suporto e, mesmo assim, a gente é obrigada a ouvir. O que você vai fazer?
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Playback Inezita BarrosoDublagem ou playback é uma porcaria. Fica um negócio tão falso. Tão idiota. Não quer cantar ao vivo não canta.
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Sertanejo Universitário Inezita BarrosoÉ uma música de moda. Não sei quanto vai durar.
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Público Inezita BarrosoTenho que ir. Meu público está me esperando. Tenho enorme respeito pelo meu público. Se eles se vestiram e vieram me ver, eu tenho que vir rastejando. Acabei de fazer uma inalação no camarim e vim cantar.
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Escolhas Inezita BarrosoNaquela época, as mulheres eram mais tranquilas, mas eu era do chifre furado e eu aprontava com os primos. A gente fugia da fazenda e ia ver roda de viola. Era aquela viola de morrer. Aquilo falava doído no ouvido da gente. Teve uma época que ela ficou meio desprezada. Eu cantava todos os gêneros porque estudei música, mas resolvi partir para a música caipira. Era discriminada, era horrível. Imagina uma menina cantando com viola. Eu era, inclusive, discriminada pelos caipiras. Diziam que viola não era para mulher.
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Viola encantada Inezita BarrosoMeu pai era muito musical, todos os 18 filhos estudaram piano, alguns harpa, mas me apaixonei pela viola. Meus tios eram fazendeiros, a gente ia para vários pontos de São Paulo. O violão já estava na família meio mal aceito, mas estava. Quando ouvi aquela pureza, fiquei apaixonada. A viola é encantada.
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Palco Inezita Barroso, sobre a primeira vez que subiu ao palcoJá moça assim… Demorou bastante tempo. Só fui retomar a carreira e ser profissional depois que me casei, em Pernambuco.
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Amor e apoio Inezita BarrosoSe ele não me apoiasse, eu trocava de marido.
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Viola, Minha Viola Inezita BarrosoNão pretendo largar o Viola, Minha Viola nunca e não dou o meu lugar para ninguém.
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Formação Inezita BarrosoQuando eu tinha 10 anos, montei uma biblioteca na garagem da minha casa. Era ótima, só com histórias infantis como Monteiro Lobato e outros grandes autores da época. Vinham todas as crianças para ler livros. Não tinha computador, vídeo game e nossa diversão era ler. A gente adorava. Eu encapei todos os livros, recebi doações e comecei minha biblioteca particular. Quando cresci, fui estudar biblioteconomia.
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Família Inezita BarrosoMeu pai trabalhava na estrada de ferro sorocabana e minha mãe ficava mais em casa, criando os dois filhos. Eu cantava desde criança. Tinha paixão por tocar violão. Fiz parte de vários grupos de crianças. Eu amava isso. Depois, aprendi piano. Num dia, meu pai disse: Chega de música e frequentar palco. Você jamais vai frequentar palco. Eu tinha 8 anos.
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Liberdade Inezita BarrosoEu consegui minha liberdade quando me casei com um cearense. Minhas tias e meus tios mais velhos tinham preconceito contra ele. Minha família dizia: Seus tios foram para a revolução. E eu respondia:E daí?. Meus sogros foram pessoas de ouro. Foi por causa do meu marido que comecei a carreira. Em casa, só ouvia ópera e música erudita.
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Viola Inezita BarrosoA primeira viola que comprei, eu tinha 17 anos. Comprei no Del Vecchio. Comecei a tocar em casa. Imagina que eu iria tocar viola na rua.
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TV Inezita BarrosoSou eu quem dou a palavra final na escolha de quem vai ao programa. De dez discos que recebemos, tiramos só um.
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Caipira Inezita BarrosoMinha missão é valorizar a viola. Isso eu consegui. Nem fabricavam mais. Hoje tem viola até com o meu nome. Quero valorizar também a música caipira, de raiz. Música caipira é riquíssima. O poeta caipira é um herói.
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Popular Inezita BarrosoEu era, inclusive, discriminada pelos caipiras.
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Caipirinha Inezita BarrosoTenho um bisneto que é agarrado com a mãe dele, com a vó e comigo. Eu mal sei o nome dele porque só o chamo de caipirinha. Certa vez, ele disse à minha filha "Oh, vó Marta, fecha essa porta que tá chuvendo [falando com R caipira]". Eu pulei do sofá e achei lindo.
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Música Inezita BarrosoAs rádios e gravadoras só queriam saber do pessoal do banquinho-e-violão ou daquela moçadinha cabeluda e suas guitarras estridentes.
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Tecnologia Inezita BarrosoEu não tenho computador e nem quero. Tenho celular, mas só sei receber e fazer ligação. Não sei [mexer em] mais nada. Essas coisas [tecnologia] me irritam muito. Engraçado isso. Prefiro ir pessoalmente perguntar para as pessoas pessoalmente.
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No céu Inezita BarrosoO meu marido era cearense. No Ceará eu era tratada como rainha mesmo. Todo mundo dando presente, querendo mostrar música pra mim… Um tocava piano, outro tocava violão, outro compunha. Eu me senti no céu.
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