Poesia alternativa
São autores alheios, poetas sonhadores e poetisas por inspiração. Conheça os poemas mais alternativos e desconhecidos, e nem por isso são menos apaixonantes.
BarreirasAté aqui viajamos juntos.
Passaram vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas...
Não faltaram os grandes obstáculos.
Frequentes foram as cercas, ajudando a transpor abismos...
As subidas e descidas foram realidade sempre presente.
Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades...
Chegou o momento de cada um seguir viagem sozinho...
Que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para
alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado.
A nossa saudade e a nossa esperança de um reencontro aos que, por vários
motivos, nos deixaram, seguindo outros caminhos.
O nosso agradecimento àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos quiseram bem e nos apoiaram nos bons e nos maus momentos.
Dividam conosco os méritos desta conquista, porque ela também pertence a
vocês. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez.
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
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DestinoMeu coração.
Que parte
afetada!
Arde em chamas!
Por que saíste?
Se ainda dizes
Que me ama?
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É só hoje Afonso AlmondinoNão tem importância, é só hoje;
Amanhã o Sol vai brilhar e aquecer,
Enquanto esta agonia de mim foge,
Prometo que não voltarei a entristecer.
Sim, é só hoje que cai neve.
Amanhã o Sol brilhará com fulgor
Iluminando nossas almas ao de leve
Como se fosse a abertura duma flor.
É só hoje, e vai passar depressa
Este frio danado que nos fere a alma.
Esperemos que o vento não se esqueça
De mudar para o quadrante da calma.
Hoje cai chuva, e bem grossa.
Amanhã soprará uma brisa morna
Para compensar esta amargura bem nossa
Que este inverno bem malditos nos torna.
Sim! amanhã, amanhã será o dia
Em que o Sol vai brilhar e aquecer,
Suave, o perfume das flores irradia
Nestas encostas e vales, quando o Sol nascer.
Amanhã é o dia reservado ao Amor,
E a fragrância das flores confunde-se na maresia.
Amemo-nos pois, e com todo o ardor.
Que felizes seremos, sim amanhã é o Dia.
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Luz do diaTua sombra quebrou o salto visitando-me
cortou o cabelo, puro desdém em preto e branco
despistando o bom senso da parede
clama entre a lua chamando a noite
Queima o telhado abandonando as estrelas
adoça o veneno, alivia como forca
quando atravessa a luz do dia (louca)
adoça o veneno, finge que alivia
tão serena salva e diz que volta.
Fervendo em pouca água se afoga
tarde demais para ontem
cedo demais para amanhã...
coisa de magia de 220 volts.
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Afeto Vóny FerreiraVim ler-te,
molhar os olhos com as tuas palavras
e dizer ao sal dessas lágrimas que
a saudade é muita vez o mar que precisamos
encontrar para nadar até quem amamos.
Lindo o teu poema. E olha, divaguei, minha amiga!
Beijo, e o meu afeto.
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Vá até onde não puder mais irDançava sobre os corações bordados no guardanapo
a força do impulso contra o sentimento concreto
o sorriso esculpindo a prece,
o afago, o fogo, a chuva, o vento, o mar e a atenção
é como deter um foguete com um laço de fita
(vá!) pode correr até onde quiser...
que seja então, como uma algema
(no contorno de um sopro quente, dos cabelos
debandando ao tentar esquecer um punhado de gírias
(que calam teus lábios com um beijo até o fim)
(vá...) pode correr até onde quiser...
até o pensamento duvidar, derreter
meando uma cachaça com o diabo
que seja então, como uma algema...
voando na vastidão do meu castelo
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Realidade Rayanne CostaPinga,
micareta,
pegando desconhecidos?
Oh novidade,
Você continua sozinho?
Pequenos passatempos
não preenchem grandes vazios.
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Argumentos Ana Margarida AmorimArgumentos desconhecidos devoram-me,
numa ausência igualmente repetida,
finjo espantada mas aguardo o que se me afigura,
desvaneço numa recusa que se evapora,
mas tenho a certeza nas voltas a dar,
plano sobre o sublime que me atinge,
caminho a teu lado sem que o saibas,
desiste de te ausentares,
o teu mundo interior está desorganizado,
não existem mistérios, confronta-os e verás,
eu apenas encontro o caminho através de ti,
quero voar contigo, avançar caminhos,
entrego-te o meu sorriso, o meu corpo,
a fim que organizes o nosso castelo,
que o coração nos leve pelas dunas,
acende a luz e recupera o teu eu,
devias estar aqui e não estás...
a falta de coragem destroi pontes,
evita engolir-te a ti próprio,
entrego-me à evidência do teu ser.
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Sem resistênciaSolta-se da rosa a pétala
sedosa ainda, e perfumada
dos aromas que partilhara naquele botão
Tão macia que era
Tão suave em seu cair
Ato-te ao ar num olhar de suspensão
Eternizo-te na memória de existir
De cada vez que passo
junto ao vaso em que caíste
Sinto-te a fragrância
Toco-te a macieza perene
Naquele gesto mágico e furtivo
de te ter em recordação
de te guardar onde persistes
Hoje, paro e não resisto
em tocar o botão maquinal
deste relógio que atraso
Cem séculos, mil anos de demora
(Tanto tempo a suceder….)
Prendo-te nas nervuras do poema
Perpetuo-te na memória de escrever
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PudoresNessa noite de ventos e fria
Paro e penso no amor
Logo meu coração se enche de fulgor
Me aquecendo de idéias, sentimentos
Que se tranformam em pulsações,calor
E logo vou em envolvendo
Sentimentos surgem com louvor
E vão espalhando-se em minha alma
Tornando-me um ser sonhador
Tento exprimir de várias formas
Essa alegoria de bons sentimentos
Mas sei que é somente com ela
(E espero estar sempre ao lado dela)
Que posso transforma-las em bons momentos
E não há forças agora
Que me pausem nesse êxtase de alegria…
Amor, quero estar sempre em tua companhia
Por favor! Jamais me deixe sonhando sozinho
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Eletricidade Penhah CastroVocê se aproxima sorrateiramente
e, me diz palavras enfeitiçadas…
Que caem em minha alma
e, a deixa por seu amor tomada…
Vem com uma beleza máscula
que o tempo amadureceu
mas que guarda tanto mistério
num olhar que muito viveu…
Vem dizendo que me ama
e, me quer no seu leito de amor…
Toma o meu corpo e me beija
deixando totalmente ao seu dispor…
Como um vampiro de amor
bebe da minha emoção
e, juntos pela eternidade
viveremos nesta paixão…
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A DesconhecidaPudera eu imaginar um dia
Que tanta beleza o destino me traria
Presa em um irreal corpo humano
Pelo qual até Afrodite morreria
Veneno que age de imediato
Intoxica-me com todo prazer
Inunda de alegria minha alma
Lava a tristeza do meu ser
Mais forte que o brilho do sol
Mais suave que uma flor ao luar
Em contos e fábulas épicas
Mais bela face não há
Nem mesmo os Românticos
Clássicos amantes da perfeição
Poderiam descrever tal figura
A que amo com meu coração!
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