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Frases de Daiane dos Santos

Descoberta aos 11 anos, Daiane começou a treinar e se tornou um ícone brasileiro! Além de ser o primeiro ouro nacional na categoria, Daiane foi a primeira mulher negra a conseguir tal conquista! Conheça mais sobre a vida e carreira da atleta que inspira muitos jovens a seguirem sua carreira.

20/02/1984
Ouro no Mundial

Duplo twist carpado, desenvolvido com a ajuda do treinador Oleg Ostapenko é coisa de Daiane dos Santos. A ex-ginasta brasileira, que competiu em provas de ginástica artística, foi a únida a conquistar uma medalha de ouro no Campeonato Mundial.

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Aposentadoria

Em 2012, Daiane dos Santos anunciou sua despedida do esporte ao descobrir uma lesão no joelho esquerdo. Daiane sentia dores desde os Jogos: "Quando voltei, descobri que tinha uma lesão grande. Tive que escolher se competia ou operava, mas eu precisava pensar na minha saúde, não adiantava querer fazer tudo".


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Em Atenas

Daiane dos Santos foi uma das poucas esperanças do Brasil nos jogos de Atenas. Houve muita pressão da torcida na época (2004), mas para ela não havia muito o que pensar a respeito. "Não penso nesta pressão que todos falam. Não tenho obrigação de ganhar nada. A minha obrigação é a de representar da melhor forma possível o meu país. Não é só com o Brasil, mas comigo. Sou eu que treino sete horas por dia lá dentro. Também quero vencer. Se algo não der certo, a culpa não será minha. Vou dar o meu máximo."


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Ela admite o erro

Daiane dos Santos participou de quatro Olímpiadas. Em 2000 foi reserva em Sidney. Na de Atenas, em 2004, foi a grande expectativa de ganhar a medalha de ouro, já que havia sido campeã do mundial de 2003. Contudo, errou na apresentação: "Eu errei. É uma coisa que acontece. É esporte, erra-se às vezes", e completou: "Não adianta chorar. Não vai voltar atrás". A ginasta ainda disse na ocasião: "Eu prefiro relaxar sem chorar. Não foi o joelho, eu estava bem segura".


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Racismo existe

Daiane dos Santos já sofreu racismo na escola e usou o esporte para deixar sua marca. "No colégio, já aconteceu. Tem sempre um coleguinha ou outro. Algumas pessoas que falam, mas não dou muita bola para isso. Penso: “ignorância dele, que não entende que a cor da pele não quer dizer nada. Por dentro, somos todos iguais. Somos de pele e osso como todos”. (A medalha) Será importante porque estou me tornando um exemplo. Sei que muitas meninas da minha raça me vendo podem ter força para chegar lá. É muito legal. Todos os negros que alcançam uma posição boa vão ajudar a raça. Desde que eles gostem da sua raça, já que têm muitos que não gostam."


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Talento descoberto na infância

Daiane dos Santos foi descoberta enquanto brincava em um parquinho, com apenas 11 anos, foi vista por uma professora de ginástica.“Estava brincando em um parquinho e uma professora de ginástica olímpica me viu, e por conta do biótipo, me escolheu e depois eu fui fazer o teste”.

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Ginástica: um esporte branco

Poucos são os negros que atuam na ginástica e Daiane dos Santos sabia disso. Na verdade, ela sempre soube da dificuldade do negro em qualquer esporte. "São poucos (os negros) que competem em alto nível. Só nos Estados Unidos existem atletas negros. Na verdade, é difícil ser negro em qualquer esporte."


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Com cuidado

Tudo no seu tempo, Daiane dos Santos foi a cara do Brasil na ginástica, que até o momento não tinha muito destaque nas competições. "Eu sempre quis ser a melhor dentro do meu ambiente e também sempre gostei de fazer as coisas passo-a-passo"


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Viés social

Atualmente, Daiane dos Santos é empreendedora. Focada no Projeto Brasileirinhos, ela ajuda crianças carentes a transformarem suas vidas por meio do esporte. Lá, as crianças têm a oportunidade de participar de atividades circenses e ginástica olímpica. "Eu trabalho no meu projeto social Brasileirinhos, que atende 170 crianças no núcleo de Paraisópolis, uma comunidade em São Paulo. A ideia do projeto é transformar o esporte em ferramenta motivacional. Não temos a intenção de fazer essas crianças serem atletas, mas sim oportunizar uma educação diferente e mostrar que o esporte é cultura, lazer e ele amplia este pensamento em lugares em que ele não é instalado."

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Nem sempre os dias são bons

A ex-atleta, já em 2004, era muito franca e dizia à imprensa o que se passava em sua cabeça e como o assédio da mídia a incomodava."(O assédio da imprensa) É muito legal, mas tem horas que enche o saco. O choro não foi por tensão. Na verdade, há dias em que você não está bem. Ontem (e anteontem), não estava muito legal. Aquele choro poderia acontecer na minha casa."


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Muita pressão

Nos jogos de Atenas, em 2004, ela precisava afirmar que não sabia se ganharia a medalha. "Não vou prometer nada para ninguém. Tenho grandes chances de vencer e também de não conseguir. Procuro não pensar na pressão. Não posso negar que, quando ando nas ruas, as pessoas sempre pedem pela medalha. Os torcedores querem tanto isso. Se você não tiver uma cabeça legal, pode te atrapalhar."


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Primeira mulher negra

Ganhar uma medalha de ouro deve ser incrível, sendo a primeira mulher negra e conseguir o feito, indescritível. Daiane dos Santos conseguiu, mas antes de vencer, disse: "Claro. Por ser negra, já me sinto feliz de estar na seleção. Quando alguma pessoa da minha raça chega a um posto como o meu, sei o quanto é difícil. Nunca sofri preconceito na ginástica, mas não concordo que não existe racismo no Brasil. Existe sim."

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Lidou bem com críticas

Depois de se aposentar após a Olimpíada de 2012, Daiane dos Santos recebeu muitas críticas por conta de seu corpo. Ela engordou e enquanto competia com 29 anos, 1,46 metros e 43 quilos, era o modelo ideal de corpo que a sociedade aceita. "Eu sempre tive um pensamento maduro sobre peso. As pessoas que veem de fora não sabem quantas horas de treino, como é a rotina, não sabem nem sobre a própria questão do peso. Imagina: eu tinha 29 anos e pesava 43kg. É surreal isso".


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Leva o esporte por onde vai

Depois da aposentadoria, Daiane dos Santos foca sua vida em ações sociais e trabalho com atletas. "Hoje, eu tenho a vida mais movimentada do que quando eu era atleta. Porém, ela está completamente diferente. Eu levo a minha história no esporte como paixão para outras pessoas, aconselhando outros atletas. Mas também posso aproveitar mais os eventos. Quando eu era atleta, tinha uma rotina muito disciplinada, regrada e mais fechada. Hoje eu consigo curtir mais".


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