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Frases de Betty Faria

Uma das atrizes de maior história na televisão brasileira, Betty Faria tem muito o que contar, através de suas melhores frases e declarações.

08/05/1941
Início no teatro Betty Faria

Um dia estava ensaiando, com o Juan Carlos Berardi, que era meu amigo, meu coreógrafo, meu descobridor, junto com Geraldo Casé, quando o Carlos Machado me viu e disse "essa menina será a minha próxima estrela". E me convidou para fazer um show chamado "Chica da Silva 63", com o Grande Otelo. Foi aí que estreei com o Carlos Machado, mas já como estrela dele, na boate Fred´s, em Copacabana. Nunca trabalhei em teatro de revista... Estreei ao lado do Grande Otelo. Aí, nesse ano, o Flávio Tambellini, pai, foi assistir ao show e me convidou para faze uma participação na primeira versão de "Beijo" (1965), do Nelson Rodrigues – e aí eu cheguei ao cinema. Era uma dança, uma coreografia fantástica, que eu fazia em uma boate. Eu entrava com uma capa, a Glauce Rocha me tirava a capa e eu dançava.


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As pessoas não aguentam ver os velhos se beijando Betty Faria

Porque as pessoas não aguentam ver um casal hétero de idade se beijando! As pessoas não aguentam ver os velhos se beijando. Se fossem duas moças, gatas, gostosas ali; os homens iam morrer de tesão e iam adorar, não ia ter essa história toda. (Sobre a polêmica do beijo lésbico na novela Babilônia)


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Formação em balé como criança Betty Faria

Eu queria ser artista. Eu tinha um sonho da Broadway, quando eu era criança eu queria cantar, dançar, representar em tudo. Então, ao entrar no show busines, a minha porta foi o balé. Eu sou de família classe média, mãe dona de casa e pai militar, e com seis anos de idade eu fiz tanta pressão para fazer aula de balé, eu gostava tanto, que me obrigaram, ou estuda piano ou não faz balé. Então eu estudava horas aqueles exercícios todos de piano e fiquei com trauma de piano.Eu comecei a fazer aulas de balé aos seis anos. Depois, por causa de viagens do meu pai, eu parei, mas quando voltei para o Rio de Janeiro, na adolescência, aí eu entrei direto na coisa do balé. Eu sabia que a minha não era ser uma bailarina clássica, eu sabia que eu queria mais, eu não ficava feliz naquelas pontas, entendeu? Mas eu tenho dez anos de balé clássico, estudei com a Eugênia Feodorawa, que foi minha minha grande maitre, Pierre Klimov, Nina Verchinina, Madame Marie Makarowa. A minha primeira professora foi dona Alexandra. Quem me ajudou a dar o salto para o show foi a Sandra Dieckens e depois o Geraldo Casé, pai da Regina Casé, que tinha um programa de televisão. Eu fui fazer teste, toda vestida de balé clássico (risos), e eles me botaram em cima do sapato alto, “Le girls”, em cima da escadaria. Tudo começou ali.


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Sobre o programa Brasil Pandeiro Betty Faria

Foi fantástico. O Augusto César Vanucci vinha do teatro de revista, então ele fazia lindos musicais. Eu tinha me separado do Daniel Filho, e nós estávamos sofrendo com essa separação. Daí ele ia dirigir o "Dancin Days" e o Gilberto Braga tinha pensado em mim para fazer aquela novela (Sônia Braga foi a protagonista). Mas chegou uma hora que eu vi que eu não tinha condição de fazer o "Dancin Days", e aí eu pedi para o Vanucci me dar uma chance, e ele criou o "Brasil Pandeiro" para mim. Foi um ano de muita felicidade, ele até queria batalhar para eu fazer mais um ano, mas eu não continuei porque eu já estava com a cabeça virada para ir fazer "Bye Bye Brasil", com o Cacá Diegues.


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Primeiro convite para trabalhar como atriz na tv Betty Faria

Na televisão não aconteceu o convite. Eu pedi por favor para a Leila Diniz, que era minha amiga, para me levar para fazer um papel, na novela que ela fazia, que era na TV Rio. A Janete Clair, com pseudônimo, era quem escrevia, e o Daniel Filho dirigia. Eu pedi por favor a ela, por que minha companhia de teatro com o Cláudio Marzo (com quem era casada) tinha sido fechada, por problemas de censura, dificuldades nossas, nós estávamos com problemas financeiros sérios. Foi aí que eu entrei naquela novela e emendei dali para a Globo. Na verdade, eu já tinha trabalhado na TV Globo, eu inaugurei a TV Globo, mas fazendo musicais. Da TV Rio eu fui para a Globo, entrei na metade de uma novela da Glória Magadan, com direção do Fábio Sabag, e não parei mais, fui me virando.


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Sobre o Cinema Marginal Betty Faria

Eu participei, eu fiz um filme do Elyseu Visconti, "Os Monstros do Babaloo" (1971), que foi proibidíssimo, eu nunca vi esse filme, e fiz também "As Piranhas do Asfalto" (1971), do Neville D´Almeida.


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Velha gorda Betty Faria

Todo mundo tem o direito de falar o que quiser. Eu, por exemplo, não gosto de mulheres gordas. Elas me incomodam profundamente. Tenho repulsa, rejeição. Sempre batalhei para não ser uma velha gorda.


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Resposta as críticas por ir a praia de biquíni Betty Faria

Velha baranga, sem espelho, e outras ofensas que, passada a raiva, me fizeram pensar na burca. Então querem que eu vá à praia de burca, que eu me esconda, que me envergonhe de ter envelhecido? E a minha liberdade? Depois de tantas restrições alimentares, remédios para tomar, exercícios a fazer, vícios a evitar, todos próprios da idade, ainda preciso andar de burca? E o prazer, a alegria, meu humor?


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Vontade de ser atriz Betty Faria

Eu queria ser atriz, mas não tinha cursos. Eu ia fazendo aqueles que apareciam. Até que eu consegui fazer a minha primeira peça que foi no Leblon, e meu primeiro filme, "Amor e Desamor" (1976), do Gerson Tavares.


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Devo tudo a ela Betty Faria

Foi a autora com quem eu mais trabalhei, ela gostava muito de mim, eu devo tudo a ela. (Sobre Janete Clair).


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Próprios filmes favoritos Betty Faria

Só me deu alegria (sobre o filme 'Bye Bye Brasil'), e me deu viagens, e me deu festivais. Agora, o filme que mais me deu prêmios foi o "Romance da Empregada", eu tenho um xodó aí. Aliás, eu vou dizer, bestamente, os melhores filmes do Bruno Barreto ele fez comigo, se ele fizer outro ele ganha um Oscar, ele tá comendo mosca.


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Manter a fama na televisão Betty Faria

Eu acho que continua sendo difícil, porque a gente mata um leão por dia. Eu não acredito nessa coisa que você disse de status de estrela, eu acho que eu não tenho.


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