Frases de Lorena Comparato
Nascida em Portugal, Lorena Comparato é filha do grande roteirista, escritor e ator Doc Comparato. A atriz não se sentiu pressionada pelo berço artístico e conquistou o seu espaço na televisão e no cinema brasileiro. Em 2011, Lorena fundou a "Cia de Quatro Mulheres" ao lado de grandes atrizes, com o intuito de retratar o cotidiano e também de abordar algumas relações através do olhar das mulheres. Extremamente empoderada, a atriz que preza pela cultura no Brasil já participou de diversos seriados e novelas da Globo, assim como já fez parte de diversas peças de teatro e longas-metragens. Veja um pouco mais sobre a carreira dela!
Resumo da vida da famosaLorena Comparato é uma atriz de 29 anos de idade, nascida em Portugal, filha de Brasileiros. Veio morar no Brasil, terra natal de seus pais, aos 6 anos de idade. Filha do ator, escritor e roteirista Doc Comparato e irmã da consagrada atriz Bianca Comparato, foi influenciada desde cedo pela arte e decidiu seguir o mesmo caminho da família, porém escrevendo sua própria história dentro do mundo artístico. Muito engajada em temas sociais e feminista declarada, muito ainda se ouvirá falar dessa jovem e talentosa atriz.
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Família é base Correio BrazilienseA atriz conta que desde cedo os pais a influenciaram com a arte e que sempre pode contar com o apoio deles em seu trabalho.
“Influenciam muito, para o bem! Fui criada em um ambiente onde a arte sempre foi valorizada e incentivada. Desde pequena meu pai Doc, roteirista, e minha mãe Leila, fonoaudióloga, me levavam a museus, contavam histórias, me levavam ao cinema e me incentivavam a ler. Eles investiram muito na minha educação e na minha casa sempre existiu o diálogo… A minha família e meus amigos estão sempre me influenciando e inspirando a minha arte para o melhor.”
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Reflexão após incidente Hard MobApós ser vítima de um assalto à mão armada em São Paulo e ter seu celular roubado, Lorena refletiu:
"Não quero ficar traumatizada e com medo de ir para a rua por causa disso. Fiquei triste. Tenho chorado de vez em quando e deixo vir. Mas me peguei pensando muito nesse jovem. Sou privilegiadíssima. Onde ele mora? Onde ele toma banho? O que ele come? Quem conforta ele depois de toda essa situação? Estou rezando muito por ele e me questionando como chegamos a esse ponto".
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A magia do teatro Correio BrazilienseMesmo com papéis de destaque na televisão, a atriz nunca deixou de fazer teatro.
“Gostaria muito que houvesse mais incentivo para o teatro não ser tão ameaçado porque realmente é emocionante sentar numa plateia e ver a mágica acontecer na sua frente.”
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De Portugal para o mundo Casa adaptadaLorena conta que fazer carreira internacional seria a realização de um sonho.
“Fui alfabetizada em inglês antes de português, então realmente seria um sonho poder trabalhar em algum outro pais e falando outras línguas. Tenho esse desejo sim. Quero estudar um pouco mais também, talvez fazer uma pós, um mestrado ou um curso fora de especialização. Porém gosto de ter minha carreira aqui e acho que são pequenos passos que temos que dar para construir uma longa carreira, que é o que eu mais quero.”
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O outro lado da moeda Hard MobAinda sobre o assalto que sofreu à mão armada em São Paulo, a atriz reconheceu como a nossa sociedade é frágil quando se trata da população mais pobre.
"Naquela situação, fui vítima do assalto, mas ele é vítima diária de uma sociedade injusta e que privilegia poucos. O que podemos fazer para melhorar? Há como melhorar? Fico aqui agora confusa com as minhas dúvidas, medos e inseguranças. Nada realmente é garantido nessa vida. Só que ela acaba. E a maior dúvida agora é: o que você vai fazer com a sua?"
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Apoio maior Casa adaptadaLorena ressalta a importância de sua família para a sua carreira.
“O grupo formado sou eu, meu pai e minhas duas irmãs, Fabiana e Bianca. Trocar com a minha mãe, Leila Mendes, é essencial também. Ela é fonoaudióloga, especialista em atores. Para todos os meus papéis tenho que ter pelo menos uma consulta com ela.”
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Uma luta que é de todas Correio BrazilienseA atriz conta que, apesar de ter sido criada em uma sociedade machista e possuir traços disso em sua personalidade, ela luta diariamente a favor do feminismo.
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“Eu sou mesmo feminista e não tenho o menor medo de dizer isso. Muitos, inclusive mulheres, relacionam o feminismo com algo “chato”, “repetitivo” e “mimimi”, mas infelizmente (ou felizmente), foi por causa dele que adquirimos direitos que hoje em dia consideramos básicos como: usar calças, usar contraceptivos, votar, não ser obrigada a casar, até mesmo sentir prazer e ter uma voz na hora da relação afetiva e sexual, etc, pois poderia enumerar diversas conquistas das feministas que hoje, todas as mulheres usufruem. Enfim, empoderamento feminino é necessário, em todos os âmbitos.”
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Porto Seguro Casa adaptadaLorena é filha de escritor e roteirista e irmã de atriz, a arte está em seu sangue.
“Na nossa família sempre nos escutamos, mas a decisão final é muito pessoal. Gosto de tirar dúvidas, perguntar opinião deles. Eu e Bibi trocamos muito no âmbito profissional e pessoal. Me sinto segura sabendo que eles estão ali por mim e eu ali por eles.”
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Vivência com outros artistas Casa adaptadaApós atuar com Vladimir Brichta em Rock Story, ela volta a contracenar com ele em Cidade Proibida e ainda conhece artistas que sempre admirou.
“Pude conhecer melhor artistas que eu admiro muito como a Hermila Guedes, o Otavio Muller, a Regiane Alves e o Ailton Graça.”
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Playlist pessoal TV e FamososLorena conta que a sua escolha de trilha sonora pessoal é mais cool e pop, e citou Martinália como referência musical.
“Adoro o repertório dela, quem eu conheci trabalhando em ‘Pé na Cova’ e passei a admirar pelo estilo musical. Quem eu também não paro de ouvir antes de trabalhar é o Tiago Iorc".
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Assunto relevante Casa adaptadaA atriz fala sobre sua personagem Dora, da novela Cidade Proibida, que usa cadeiras de rodas e vê o pai agredindo a mãe dentro de casa.
“Foi muito lindo. Fiquei bastante emocionada com a história da personagem e do episódio: importantíssimo falar de violência doméstica na televisão brasileira.”
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Paixão pelo trabalho Correio BraziliensePerguntada se prefere trabalhar na TV aberta ou na TV fechada, Lorena explica:
“Para o ator bom é trabalhar. Agradeço todos os dias pela quantidade de trabalho que tenho e ralo muito para conseguir manter minha carreira aquecida. Eu amo fazer séries, mas também amo fazer novela!”
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Série x Novela Correio BrazilienseLorena explica os prós e contras de cada formato audiovisual.
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“Quanto à linguagem, por serem menos episódios/capítulos sinto que as séries têm a possibilidade de ousar mais, enquanto as novelas, por serem folhetins, ainda precisam da repetição para estabelecer as histórias. Quanto à dramaturgia, as séries costumam ser mais inovadoras do que as novelas e deixam para trás muitos temas, formatos e moldes preconceituosos, racistas e que incentivam a competição, principalmente a feminina.”
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A união das coisas Correio BrazilienseO que falta no Brasil é entender o papel da cultura e o quanto ele poderia influenciar positivamente a educação no país, defende Lorena.
“Infelizmente, o teatro e a cultura, em geral, são os primeiros a serem cortados pelo Estado e pelo Governo. Em países com situações melhores que o nosso, a cultura é subsidiada sim pelo Governo, pois eles veem como um investimento a educação por meio do entretenimento.”
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Abrindo novas portas Correio BrazilienseLorena responde se a chegada das novas mídias pode ameaçar a TV e o teatro.
“Vejo a chegada das novas mídias como uma grande porta aberta para um mercado que é muito importante para a formação do público. Na minha opinião, quanto mais se produzir, melhor. Quanto mais o mercado se abrir, mais ele vai ter espaço para a inclusão, vai dar oportunidade pra quem não tem voz e falar sobre assuntos necessários e periféricos… Acho que as mídias se moldam. Com a chegada da televisão, a rádio não acabou, ela se adaptou. Assim como acredito que com as novas mídias a TV e o teatro são obrigados a se adaptar.”
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Formosa, menina sonhadora Correio BrazilienseSobre a participação de Lorena na série Cine Holliúdy.
“Foi incrível fazer parte dessa série tão importante. Não só ela mostra um pouco da cultura do Ceará como ela traz um humor leve e gostoso, tão necessária num momento difícil como esse que nosso país está enfrentando. Sair do eixo Rio-São Paulo e mostrar um pouco mais da cultura brasileira, que é tão genial e diversa, é muito necessário.”
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Ficção imitando a vida real Bol EntretenimentoApós dar vida à Dora, personagem cadeirante na série Cidade Proibida, a atriz relembra momentos quando se viu nessa situação e nas dificuldades que encontrou para se locomover.
"Aos 14 anos, eu tive um problema no joelho, minha patela saiu do lugar e fiquei na cadeira de rodas durante um mês. Sempre valorizei e tive essa consciência da necessidade de ter rampas na cidade toda.”
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Sororidade Bol EntretenimentoQuando se trata de violência contra a mulher, Lorena não pensa duas vezes antes de ajudar.
"Eu já tive alguns episódios de ver homens maltratando mulheres na rua e eu não consigo parar. Eu vou e falo: 'Oi, tá maluco?'. Eu me meto, é perigoso. Eu sou louca, sou baixinha, pequenininha, mas sobe um sangue na minha cabeça que eu não consigo parar".
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Cuidados pessoais Revista QuemLorena às vezes sente a necessidade de dar uma pausa para descansar.
“Às vezes, o corpo pede esse descanso. Já fiquei com a garganta inflamada, infecção urinária... Busco terapia, meditar, me alimentar bem, dormir bem... É importante cuidar de si. Eu reconheço que me atropelo. Tenho dificuldade de dar tempo para as coisas.”
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De Portugal ao Brasil TV e FamososLorena nasceu e morou em Portugal durante muitos anos, e conta como iniciou o seu contato com o Brasil:
“Nasci e morei durante anos lá e o meu contato direto com Brasil e com a cultura brasileira era através da música. Ouvia bastante Marisa Monte, Tom Jobim, Caetano, Gil e foi uma coisa muito marcante na minha vida. Quando eu comecei a trabalhar como atriz, passei a colocar a música na composição dos personagens como forma de ajudar a chegar no clima para as gravações. Todos os meus personagens têm playlist".
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Mudança de visual TV e FamososSobre a participação na novela Rock Story, quando precisou pintar o cabelo de ruivo para dar vida à personagem Vanessa:
“Fiquei surpresa com a escolha da produção da novela, mas eu confiei e gostei do resultado. Acredito que todo ator tem que estar pronto para o que vier e confiar na equipe de trabalho. Quando isso acontece, não tem como as coisas não darem certo".
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Recado necessário Correio BrazilienseLorena explica que qualquer causa social vale ser debatida.
“Tudo que fala de causas importantes e principalmente as sem voz, tem valor.”
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Competição feminina ficou pra trás Correio BrazilienseSobre sua experiência como Camila em Malhação, que, ao saber que seu namorado havia abandonado uma ex namorada grávida, ajudou-a durante toda a trama, em vez de tentar competir com ela pelo amor desse homem, como estamos acostumados a ver na televisão.
“Eu sempre quis fazer Malhação, fazia testes desde os 16 anos e era muito por isso: por falar diretamente com os jovens e abordar temas importantes para nossa sociedade. Fui abençoada pelo texto da Patrícia Moretsohn que fez uma temporada linda de assuntos tabus, inclusive assuntos como censura e ditadura. O público jovem está em formação. Falar para eles sobre assuntos tabus é mais que valioso, é necessário. E ver o exemplo certo na TV também é muito importante.”
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O valor das coisas Correio BrazilienseLorena ressalta assuntos que devem ser debatidos diariamente.
“Falar de violência contra a mulher é de extrema importância e eu como uma mulher branca moradora da Zona Sul do Rio de Janeiro sei dos meus privilégios. Nem imagino o que uma mulher negra, pobre, moradora de comunidade deve passar diariamente. As mulheres que mais morrem e mais apanham no Brasil são negras. Triste realidade de um país patriarcal e racista.”
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Meu nome é trabalho Revista QuemLorena está numa fase de emendar um trabalho no outro e confessa que só pensa nisso.
"É muito difícil ficar parada. Penso em trabalho 24 horas por dia."
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Nicho instável Revista QuemA atriz explica que o seu maior medo, acerca do possível cerceamento no Brasil, não está relacionado somente ao seu salário no final do mês.
“A instabilidade da cultura me preocupa sempre. É muito sério ver desvalorização da cultura. Ver que a cultura é primeiro lugar a ter cortes é preocupante. Não estou pensando no meu ganha-pão, o que me preocupa mais é como o país vai sobreviver, como ajudar quem não tem os mesmos privilégios que eu.”
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Resguardo Revista QuemSobre a instabilidade do cenário cultural no momento pelo qual o Brasil atravessa, Lorena comenta sobre sempre ter sido responsável com seu dinheiro.
“Ao longo da carreira, eu sempre me preocupei em poupar dinheiro. Tento economizar, investir... Além da cultura estar em um momento delicado, meu trabalho é volátil.”
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'Cia de 4 Mulheres’ Correio BrazilienseLorena é uma das fundadoras e integrantes de um grupo teatral composto por quatro atrizes, e explica de onde surgiu a ideia para a criação da organização.
Muito mais do que Carminha: Adriana Esteves!
“A Cia de 4 Mulheres começou em 2011, com uma vontade muito grande de quatro atrizes de fazer teatro. Anita Chaves, Andrezza Abreu, Karina Ramil e eu nos unimos porque estávamos cansadas de os meninos sempre se juntarem e chamarem uma menina para participar das peças. Geralmente era uma e todas competiam por aquele lugar ao sol. Resolvemos nos juntar para criar nossas próprias peças e chamar quem a gente quisesse.”
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