Frases de Roger Moreira
Voz de uma das bandas mais queridas do rock brasileiro. Roger é dono de uma inteligência ímpar, é conhecido pelo seu alto Q.I. e publicações polêmicas. Conheça o seu pensamento!
Como ele se define no espectro político Roger MoreiraMinha posição é liberal. Acho que o Estado deve interferir o mínimo possível em cima do cidadão. Uma coisa estatizada é um ralo de dinheiro. O dinheiro está ali, o Estado controla, rouba, você não sabe o que está acontecendo. Uma coisa privatizada tem que dar lucro. A ideia é fazer estradas, prisão, ferrovia, tudo privatizado. Aí sim você gera emprego. A empresa precisa dar lucro, ser bem administrada, não terá gente enfiando dinheiro no c*. Isso é progressista, quero ver o Brasil progredir, com dinheiro sobrando, todo mundo empregado e ganhando bem. Esse é o progresso.
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Sobre o projeto Música Esquisita a Troco de Nada? Roger MoreiraÉ um projeto em aberto e eu não tenho planos de lançar uma coisa nova por enquanto, mas não descartei total. Para qualquer disco, quando você lança um trabalho novo, espera-se que você faça uma divulgação deste trabalho para ser viável comercialmente. E eu não tenho mais esse saco, sinceramente. Como agora estou em um programa de TV poderia chegar lá e falar ‘olha lancei um disco’. Daí o público espera que você faça shows, viaje mais. E são coisas que eu estou abandonando aos poucos porque cansa. É outra fase da minha vida, da minha carreira.
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Quem ele prefere Phil Collins ou Peter Gabriel? Roger MoreiraPara falar a verdade eu prefiro o Peter Gabriel. Aquela briga toda foi com o pessoal dele. Como eu falei durante a discussão com o empresário dele, "aposto que se o Peter Gabriel souber o que vocês estão fazendo ele ia ficar bravo". (O Ultraje e Peter Gabriel tocaram no mesmo dia do SWU 2011. Alegando que o tempo de show já havia acabado, a equipe do artista inglês desligou os aparelhos da banda brasileira, causando uma confusão no backstage).
E o Peter Gabriel me ligou depois, pediu desculpas. Sei lá se ele apoiou aquilo nas internas, mas a discussão ali foi com o técnico e com o roadie, que brigou com o meu irmão. Ainda acho que ele não faria isso… Até por estratégia, não é algo legal. Então duvido que o próprio Peter estivesse sabendo disso.
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Se ainda somos inútil... Roger MoreiraAh, somos. Eu tinha uma certa esperança que nos anos 80, quando acabou a ditadura, teve aquele processo de abertura, que a gente ia conhecer um período de progresso, que íamos deslanchar. Mas, foi só um pouco e já voltou tudo. Então, temos muito que aprender.
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A visão dele do Ultraje hoje como banda Roger MoreiraA gente faz poucos shows por mês, só uns dois ou três. Fazemos só quando são perto de SP, até uns 400km. Escolhemos bem onde fazer, se vale a pena e considerando nossa dedicação ao que fazemos na TV. Como banda, faz muito tempo que não tínhamos esse entrosamento. Nós temos o repertório de shows que não precisamos mais ensaiar, sabemos de cor e salteado. Antes, a gente só se encontrava para tocar. Agora nos encontramos ao menos três vezes por semana. Além disso, tocamos muito outras coisas hoje em dia, não só o repertorio do show.
Estamos melhor ensaiados e entrosados do que antigamente. É um trabalho muito prazeroso, como músico… Tocar coisa nova e não a mesma coisa que querem que toque no show. O cara não ouviu aquela musica um milhão de vezes como a gente.
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Sobre shows de grande impacto Roger MoreiraClaro. A gente toca e é sempre bem recebido. Fizemos o Rock In Rio e foi de noite, foi legal. Eu não tenho essa encanação do Lobão de "ah, não pode ser à tarde". Eu entendo perfeitamente que o artista estrangeiro vem para cá e é atração, porque ele vai vir aquela única vez, enquanto estamos aí toda hora. Se fizesse um festival só com a gente, o público teria interesse – como já teve – mas a ideia desses festivais é a presença dos artistas internacionais.
Nem faço tanta questão de tocar nestes festivais. A sensação que você tem quando tem muita gente (300 mil pessoas no Rock In Rio como tocamos) é que você não vê as pessoas. É uma coisa para se falar "legal, toquei para 300 mil", mas você mal escuta. Elas ficam muito longe também, então as vezes é uma coisa mais fria, apesar de ter tanta gente. Pra mim é um show como qualquer outro: se tiver que ser mais cedo, a gente faz mais cedo, se for mais tarde, também.
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Sobre o valor pago pela G Roger MoreiraFui mais valorizado que isso, posso te dizer, mas por contrato não posso revelar exatamente quanto foi. (O ex-jogador de futebol Vampeta disse que recebeu 80 mil pelo ensaio na mesma revista.)
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Perguntas sobre QI e sobre a G Magazine Roger MoreiraEssa do QI falam mais que da G Magazine. O da revista, quando fiz, falaram durante um tempo mas esqueceram. Agora que o Danilo (Gentili) mostra todo dia, estão falando de novo. Tem outra pergunta que fizeram muito: "por que Ultraje a Rigor?" Lançamos até um disco com esse nome e que tinha a explicação.
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Sobre as declarações de Cynara Menezes sobre ele Roger MoreiraEla é uma cretina, não resta a menor dúvida. Eu sempre fui idealista e continuo sendo. Eu sei o que é uma democracia capitalista, eu sei que o povo brasileiro é capitalista. Quer ganhar na loteria, quer ir para a Disneylândia, quer comprar um carro. O comunismo se vale de muitas práticas abusivas, eles atacam a gente, usam muito a falácia do espantalho. Ad hominem direto: desmerecer o locutor ao invés de rebater o argumento.
Enfim, é uma coisa mesquinha. Eu morei nos Estados Unidos. Mal comparando, lá eu sou o preto, o pobre, o latino, o cara que não podia arrumar um emprego melhor porque estou ilegal no país e coisa assim. Mesmo sendo lavador de prato, entregador de pizza, eu consigo enriquecer. Porque você ganha seu dinheiro, você tem financiamento, o salário mínimo é digno e todo mundo tem educação. Esses empregos que o brasileiro pega lá o americano nem quer. Todo mundo tem estudo. É isso que deveria ter aqui.
Então quando tem alguém esclarecido que vê isso eles querem botar você para baixo de qualquer jeito. "Você é burguês", "é careta", "é reaça"… porque eles querem manter os planos deles de dominação, de poder. Não tem nada a ver com melhorar o país, com nada, é um plano exclusivamente de poder. E eles fazem qualquer negócio para se manter no poder. E eles ficam enganando: tem gente infiltrada nas faculdades, bancos, em todos os órgãos. Eles estão na prática dominando tudo e isso é perigosíssimo, fosse quem que fosse: militar, PT, gente da igreja.
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Sou muito fã Roger MoreiraEu sou muito fã do David Letterman. Então quando eu soube que o Danilo ia fazer esse mesmo tipo de programa, disse "legal, já sei qual é minha parte e o que eu tenho que fazer". A direção musical é toda nossa, a gente escolhe o que tocar, música para os convidados, quando precisa de alguma vinheta a gente compõe… Há uma liberdade total. Na verdade, não digo que é total porque tem uma restrição de ECAD (direitos autorais), então tem um certo número de músicas que a gente pode tocar por mês. Mas fora isso tem liberdade total.
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Sobre o Ultraje no Agora é Tarde Roger MoreiraMuito. Ele (Danilo Gentili, apresentador do programa) veio falar comigo em 2010 e falei: ‘olha nunca tive um emprego, vou dormir, 5h, 6h da manhã e acordo às 13h, por aí’. Então ele falou ‘eu também, vamos gravar à tarde’. A gente fez alguns pilotos em 2010 e em 2011 começou o programa. Eram só duas vezes por semana; hoje são quatro e gravamos em três dias.
O ambiente é ótimo, muito parecido com o nosso, de brincadeiras o tempo inteiro uns com os outros. Sempre temos nosso aparelho montado e é só chegar e tocar — o que é uma delícia. Ganhamos bem… enfim, tô adorando
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