Frases sobre racismo de Marielle Franco
Marielle Franco, nascida no Rio de Janeiro em 1979, foi uma socióloga e vereadora eleita no Rio de Janeiro em 2016. Marielle atuava na defesa dos direitos humanos, das mulheres, da população LGBT, da população negra e dos moradores de favelas. Ela apresentava-se como "Cria da Maré", em referência à favela onde nasceu e cresceu. Marielle denunciou crimes e abusos de autoridade de policiais e foi executada a tiros em 2018, junto com seu motorista, Anderson. A seguir, você vai conferir frases sobre racismo de Marielle Franco que ultrapassaram a existência da ativista. Lute pela memória de Franco e posicione-se contra o preconceito racial!
Quem foi MarielleMarielle Franco, nascida no Rio de Janeiro em 1979, foi uma socióloga e vereadora eleita no Rio de Janeiro em 2016. Marielle atuava na defesa dos direitos humanos, das mulheres, da população LGBT, negra e dos moradores de favelas. Ela se apresentava como "Cria da Maré", em referência à favela onde nasceu e cresceu. Marielle denunciou crimes e abusos de autoridade de policiais e foi executada a tiros em 2018, junto com seu motorista, Anderson.
CopiarCompartilhar
Ciclo Em seu Twitter – 2017A vereadora utilizava suas redes sociais para denunciar medidas injustas de segurança pública no Rio de Janeiro, tais como a prisão arbitrária de jovens negros, que deriva de um sistema criado para deixá-los vulneráveis. Outro sintoma do racismo estrutural é o sofrimento por que passam as mães desses jovens.
Dissemine ideias antirracistas no Dia de Martin Luther King
“Ciclo de uma sociedade racista: enquanto mais um jovem negro e pobre é preso só por existir, mais uma mãe negra e pobre sofre com a solidão. Chega de esculachar a população”.
CopiarCompartilhar
Cante o movimentoCom ícones do movimento negro que vão desde Elza Soares até Nina Simone, reunimos uma playlist recheada de empoderamento, história e luta.
Spotify ouça a playlist
CopiarCompartilhar
Você também pode gostarFamosos que fazem aniversário dia 27 de Julho
Famosos que faleceram dia 14 de Março
Filmes para entender o racismo
Movimentos sociais Evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas” – 2018Marielle sabia que deveria ligar suas raízes periféricas ao poder político. Ela não podia ficar isolada do resto da sociedade. No discurso, reconheceu que, como vereadora, precisava agir junto a movimentos sociais e reconhecer a importância deles. Só assim grandes mudanças poderiam ser alcançadas.
“O mandato de uma mulher negra, favelada e periférica precisa estar pautado junto aos movimentos sociais, junto à sociedade civil organizada, junto com quem está fazendo”
CopiarCompartilhar
Solidariedade Em seu Facebook – 2017Após sofrer uma revista constrangedora no aeroporto, Marielle Franco deixou claro como o racismo ainda está muito vivo no Brasil. Mas a vereadora vislumbrou uma esperança: a solidariedade entre as mulheres negras e a certeza de que os racistas serão combatidos, sempre.
"Mas a esperança está na solidariedade de uma baiana que, depois de também ser revistada e olhando nos meus olhos, disse: — Que não te constranjam mais!
Sim, meu black incomoda. Minha negritude incomoda. Racismo: não passará!”
CopiarCompartilhar
Resistir Entrevista ao Brasil de Fato – 2017Após sofrer revista abusiva no aeroporto, Marielle comentou o assunto dizendo que tais episódios de racismo são algo que toda mulher negra já sofreu, sintomas da naturalização do racismo na sociedade.
“Ser mulher negra é resistir e sobreviver o tempo todo. As pessoas olham para os nossos corpos nos diminuindo, investigam se debaixo do turbante tem droga ou piolho, negam a nossa existência. Isso que passei no aeroporto foi uma vivência que muitas mulheres negras já passaram.”
CopiarCompartilhar
Paciência negra Em seu Twitter – 2018A vereadora indignou-se com a declaração de César Benjamin, então Secretário de Educação do Rio. A diminuição das lutas do movimento no Brasil é corriqueira e Marielle era voz ativa no combate contra ela. No Dia da Consciência Negra, Marielle mostrou como ainda há muito o que combater.
Saiba quem são os maiores ícones da história
"Secretário de Educação do Rio chamando de ‘idiotice racial’ a luta do povo negro e a reivindicação dos nossos direitos. Realmente, o dia de ontem devia chamar Dia da Paciência Negra."
CopiarCompartilhar
Violência Discurso na votação do Plano Municipal de Educação – 2018O discurso mostrava dados da violência de gênero no Brasil e foi lido pelo vereador Tarcisio Motta, pois a votação ocorreu dias depois de seu assassinato. A vereadora intencionava votar contra emendas que retirariam as palavras “gênero”, “sexualidade” e “geração” do Plano Municipal de Educação.
“No Brasil, segundo o IPEA (2016), as mulheres negras brasileiras ainda não conseguiram alcançar nem 40% do rendimento total recebido por homens brancos. E somos nós, mulheres negras, que mais sofremos violências diariamente.”
CopiarCompartilhar
Reconhecer o racismo Entrevista ao Brasil de Fato – 2017Ainda sobre o caso de racismo no aeroporto, Marielle apontou que não dá para fingir que o racismo não existe. Em inúmeras situações e em diferentes níveis, a população negra sofre suas consequências. O racismo acontece e só pode ser combatido quando se reconhece sua existência.
"Estamos expostos e somos violentados todos os dias. Para que a discussão se amplie é fundamental compreender que estamos em um lugar de tratamento diferente. É preciso reconhecer o racismo."
CopiarCompartilhar
Extermínio Em seu Twitter – 2018Marielle era, segundo ela mesma, "Cria da Maré". Na favela carioca, ela vivenciou as terríveis políticas de segurança pública que levam medo e morte às famílias do local, em sua maioria, negras.
Acompanhe 12 artistas que conscientizam sobre o racismo
"Para quem é favelada, a presença de militares não é novidade. Vivi esse absurdo na Maré e denunciamos que as políticas de (in)segurança pública desses governos são pautadas em uma "guerra" que gera lucro, domina a sociedade pelo medo e extermina nossa juventude pobre e preta."
CopiarCompartilhar
Miscigenação Em seu Facebook – 2017Marielle deixou claro que a ideia, ainda bastante prevalente, de que o Brasil é uma democracia racial não passa de falácia. Nas redes sociais, ela trouxe dados históricos e estatísticos que provam como o Brasil tem uma dívida histórica com sua população negra.
"A ideia de miscigenação começou no Brasil como uma política de embranquecimento. Muitos dos nossos morreram. Fomos criminalizados e violentados.
Este país foi construído em cima da escravização de um povo, e esse povo tem cor, tem RAÇA."
CopiarCompartilhar
Economia Em discurso na Solenidade de Posse do Cofecon – 2018Frente ao Conselho Federal de Economia, Marielle lembrou como a economia não pode ser vista apenas como trocas financeiras, mas a partir da sua função social. As políticas econômicas devem ter em seu centro o ser humano e agir de forma a diminuir as desigualdades sociais e raciais, não as acentuar.
Conheça ativistas negros que fizeram história
"Que possamos pensar a economia para além da circulação de moeda! Que possamos enxergar vidas, e essas vidas têm cor, origem, raça e precisam ter perspectiva de futuro!"
CopiarCompartilhar
Desespero Entrevista à revista Pavio – 2018A vereadora condenou a intervenção militar decretada pelo então Presidente Michel Temer no Rio de Janeiro. Tais ações acirram a violência nas comunidades, levam mais violência e morte aos jovens negros das regiões e são ineficientes como medida de segurança.
"O barulho dos tanques, de tanque blindado, o barulho do tanque ainda é muito latente que ficava na porta de um dos prédios que eu morei até pouco tempo. Esse medo, esse desespero é onde a gente chora porque corta na nossa carne.”
CopiarCompartilhar
Assédio Discurso na ALERJ – 2018No Dia da Mulher, Marielle trouxe à tona o assédio, que infelizmente ainda é corriqueiro nas ruas do Brasil.
Entenda o que é o feminismo negro e posicione-se
"As mulheres negras, por exemplo, quando passam na rua, ainda ouvem homens que têm a ousadia de falar do quadril largo, das nádegas grandes, do corpo, como se a gente estivesse no período de escravidão. Não estamos, querido! Nós estamos no processo democrático! Vai ter que aturar mulher negra, trans, lésbica, ocupando a diversidade dos espaços."
CopiarCompartilhar
Guerra Em seu Twitter – 2018A posição da vereadora quanto à atuação da PM é que a truculência e o racismo da instituição contribuem para o genocídio da população negra e pobre no Brasil. Homicídios de inocentes por parte dos policiais acabam fazendo parte do cotidiano brasileiro e Marielle desejava ver o fim dessa "guerra".
"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?"
CopiarCompartilhar
Gênero, raça e cidade Perfil Vereadores que Queremos, para o site Mídia Ninja – 2016A campanha de Marielle Franco para a legislatura no Rio de Janeiro pautou-se em sua origem e nas lutas que ela defendia desde a adolescência na Maré: direitos humanos, das mulheres e valorização da ancestralidade negra nas favelas e na cidade.
Mostre que vidas negras importam com manifestações
"Assim se constituem os três pilares dessa campanha: gênero, raça – o debate da negritude, da ancestralidade, quem são essas mulheres negras que estão na favela, seus filhos, suas perdas, suas lutas, seus trabalhos. Essa tríade: gênero, raça e cidade."
CopiarCompartilhar