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Proclamação da República

Proclamada em 15 de novembro de 1889, a República Brasileira demorou anos para ser estruturada e permaneceu envolta por muito confronto político.

Introdução

A Proclamação da República Brasileira ocorreu em 15 de novembro de 1889 e foi um movimento político-militar que instaurou a república como governo oficial, derrubando e banindo a monarquia e pondo fim à soberania do imperador Dom Pedro II.


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Local

A proclamação aconteceu na Praça da Aclimação, atual Praça da República, no Rio de Janeiro, capital do Império à época.


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Questão Abolicionista

Outorgada em 1888, a Lei Áurea aboliu a escravidão em solo brasileiro, sem pagar indenização alguma para os senhores de terras. Inconformados, todos os latifundiários e barões da agricultura revoltaram-se contra o regime imperial, criando uma ruptura e afastando do rei seus maiores aliados.


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Guerra do Paraguai e Crise

Um dos fatores que prejudicou a imagem da monarquia perante a população foi a Guerra do Paraguai. No conflito, mais de 60 mil brasileiros morreram e os gastos com a guerra aumentaram a inflação no país. Os empréstimos brasileiros, que não passavam de 3 milhões de libras esterlinas, elevaram-se a quase 20 milhões depois e durante a guerra, criando uma crise econômica e causando uma inflação de 1,75% ao ano.


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Questão Religiosa

Desde o período colonial, o Brasil não se submetia diretamente às ordens do papa. Todas as leis estabelecidas pelo Vaticano tinham que, primeiramente, serem autorizadas pelo governo para passarem a vigorar. Descontentes com isso, dois bispos paraenses passaram a ignorar o governo e cumprir as ordens vindas diretamente do Papa Pio IX que incluíam, entre outras, a exclusão dos membros da Maçonaria da Igreja. Os dois bispos foram presos, mas soltos em seguida, porém a imagem do Império diante da Igreja Católica já estava manchada.


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O Golpe

Um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperado, aconselhado a abandonar o país por seus ministros e anunciou aos conselheiros e ministros que a república era, a partir daquele momento, o modelo de governo oficial do Brasil.


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Antecedentes

Em junho de 1889, para tentar amenizar o clima de guerra entre as províncias e o governo imperial, o presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas que englobavam, entre outras medidas: maior autonomia administrativas para as províncias, liberdade de voto e mandatos não vitalícios para o Senado Federal. Todas as propostas foram vetadas, o que aumentou a indignação dos governos provinciais e do Exército.


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Declínio da Monarquia

Muito popular anteriormente, o regime monárquico foi caindo cada vez mais no conceito da população. Diversos fatores fizeram com que a opinião do público diante do governo decaísse (leia mais nos outros tópicos), como a Questão Religiosa, a Questão Militar, a Crise Econômica e a incerteza acerca de quem comandaria o país depois da morte de Dom Pedro II. O curioso é que, por mais que o povo não apoiasse mais o Império, continuavam sentindo muito apreço e carinho pelo imperador Dom Pedro II.


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Questão Militar

Os militares do Exército não estavam contentes com o governo imperial. Eram proibidos de dar declarações à imprensa, recebiam baixo salário, se comparados aos dos ministros que nem tinham formação acadêmica e lutaram na Guerra do Paraguai sem receber nenhum incentivo além dos soldos normais. O reposicionamento políticos dos militares para a República foi essencial no sentido de tirar do governo a força responsável por protegê-lo.


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O ato

Durante semanas, os republicanos tentaram convencer o marechal do Exército brasileiro, Deodoro da Fonseca a liderar o movimento. Depois de muita insistência, o marechal tomou as rédeas do movimento e foi, junto com o Exército e alguns civis, para a Praça da Aclimação, onde ficava o Ministério da Guerra. No prédio do Ministério da Guerra, Deodoro anunciou a República e notificou os ministros que eles estavam depostos. Em Petrópolis, D. Pedro II quando soube da notícia, não ofereceu resistência contra a proclamação nem à carta ordenando a partida da família imperial para a Europa.


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