A vida continua depois de um fim

Terminar dói, mas tem cura

Ninguém passa por um término intocável, sem sofrer mesmo que um pouquinho. Seja por amor, seja por comodismo, por saudade ou por carência. Terminar é difícil e acho que jamais deixará de ser! Terminar um relacionamento é uma quebra de continuidade, é como um luto! Terminar um relacionamento deixa um buraco dolorido que só consegue ser curado aos poucos… Mas que com paciência, carinho, tempo e amor-próprio, se cura!

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Tudo bem sofrer com o fim de uma relação

Sofrer porque um relacionamento acabou é normal, é seu direito, por mais que muita gente não entenda ou não te permita ficar em paz com o seu luto e já queira te jogar "de volta na pista", você tem o direito de sofrer quando a relação acaba. Ficar em casa, assistir seriados, chorar de vez em quando, suspirar fundo enquanto tenta seguir a vida são direitos seus e fazem parte do processo de cura e reconstrução interna! Afinal, é muito melhor sentir o que se tem que sentir, chorar o quanto tiver que chorar, na hora que é preciso do que reprimir e tentar ignorar os sentimentos e sair tropeçando neles ao longo do caminho. Sinta tudo o que precisa sentir e permita-se tempo para se reconstruir!

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Como seguir um caminho traçado a dois, sozinho?

É difícil olhar para o caminho que foi traçado em conjunto e tentar entender o que aconteceu, o que fez com que as coisas mudassem tanto do início até agora… É difícil olhar as fotos antigas, os pedaços de matéria que permaneceram e que te lembram de cada pedacinho da história de vocês. É difícil, agora, continuar em frente, se até agora você teve companhia na construção desse caminho. Mas isso é um aprendizado, é uma oportunidade de crescimento.

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Sobre tentar entender o que aconteceu de errado

Quando uma relação termina, a gente fica perdido, tentando encontrar "o que aconteceu de errado", como Tiago Iorc diz em sua música Alexandria: "Vá procurar o que caiu da mão, refazer sozinho o caminho olhando para o chão". É preciso permitir-se tempo para refletir e entender o que se passou, mas também é preciso seguir em frente, erguer os olhos do chão e olhar para frente e construir um novo amanhã e novos caminhos, aos poucos e com paciência.

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Como seguir sozinho, se sou feliz contigo?

Há pessoas que dizem que nascemos e morremos sozinhos na vida e tem gente que diz que só somos felizes com os outros. Acho que é preciso encontrarmos um caminho do meio entre as duas coisas: nascemos e morremos, fisicamente, sozinhos, como um corpo sozinho e único, porém todo o caminho entre uma coisa e outra é preenchido de momentos, pessoas, lembranças e sentimentos! É preciso, durante o caminho, tentar encontrar o equilíbrio entre ser feliz consigo e com os outros… É preciso, durante o caminho, entender que precisamos nos bastar como somos, sem depender de ninguém, mas também saber amar o próximo, nos doar sem nos perdermos.

Muitas vezes quando passamos por um término de relacionamento, esse é um grande problema, pois nos perdemos tanto de nós mesmos no outro, que na hora que o outro não está mais ali, não sabemos quem somos... E talvez isso seja exatamente o primeiro passo, entender isso que aconteceu e reconstruir-se de novo.

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Como reencontrar o caminho sozinho(a) após uma relação a dois?

Lulu Santos já disse que quando alguém cruza o seu caminho e muda a direção, não podemos resistir. E quem nunca passou por isso com o início de uma relação? E isso é bom! Pois qualquer relacionamento é um período de aprendizados, de expansão e desafios que nos estimulam ao desenvolvimento pessoal. Mas quando a relação chega ao fim, não podemos deixar de seguir, mesmo que precisemos nos redescobrir após o término... Afinal, cada um de nós muda como pessoa quando conhecemos alguém e começamos uma vida a dois. Deixamos de viver no singular, para viver no plural. E quando o término vem, precisamos mudar tudo de novo e retornar para o singular… mas o singular de antes não nos serve mais. Como roupas velhas, o nosso "eu" do passado não nos cabe mais e agora precisamos entender onde estamos, como crescemos e o que queremos daqui para frente, no singular, para começar a seguir!

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Qual a função do fim, se ele machuca?

Ouvindo uma música do Lulu Santos, me identifiquei com algo que ele disse: "Eu estou plugado na vida, eu estou curando a ferida. Às vezes eu me sinto uma bala perdida". É assim que eu me sinto quando o fim chega… É como se a vida mudasse totalmente ao mesmo tempo que permanece a mesma, pois as coisas externas permanecem as mesmas, enquanto o interior está totalmente devastado. O interior precisa de tempo, silêncio, enquanto o exterior continua funcionando no mesmo ritmo. Mas não há receita de bolo para lidar com isso, não é mesmo? Isso faz parte da vida e os fins têm suas funções (por mais que nós não gostemos deles). Os fins vêm para bagunçar tudo que parecia estar em ordem (e que, muitas vezes, não estava em ordem ou bem de verdade), para nos tirar do conforto e nos empurrar a crescer! Não é à toa que os fins normalmente doem, mas eles são essenciais!

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É preciso coragem para abrir mão, antes que o último fio estoure

Por mais que doa, por mais que eu não queira e você também não, por mais que nossas vidas já tenham se acostumado uma com a outra, que nossas famílias se deem bem, eu preciso seguir um pedaço desse caminho sozinho(a). Por mais que me doa te ver partir, me separar de você, eu sei que nós estamos por um fio e que estamos nos machucando e machucando um ao outro muito mais do que fazendo bem. Por mais que eu te ame como eu amo, vejo que precisamos de espaço e tempo para crescer separadamente, antes que maiores danos sejam feitos.

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Amar de verdade é deixar partir, se necessário

Uma vez li uma frase que jamais esqueci: "amar é deixar partir". Meu coração sempre dói quando essa frase retorna à minha consciência (normalmente quando estou frente a um fim), pois quando a gente está junto de alguém, é difícil deixar ir, não sabemos abrir mão e tendemos a prendê-lo(a)... Mesmo quando, e na maioria das vezes (senão todas), o que precisamos de verdade é deixá-lo(a) ir! É difícil entender que precisamos abrir mão do nosso egoísmo e carência, quando percebemos que a dois, estamos machucando um ao outro. Precisamos entender e ter a coragem de deixar que a pessoa siga seu caminho, se ao nosso lado ela não está conseguindo crescer e se estamos impedindo que ela viva e voe.

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Mentir para si mesmo não adianta, é preciso enfrentar o fim

Já dizia Lulu Santos que não adianta fugir, nem mentir para si mesmo. Há tanta vida lá fora, aqui dentro... Quantas vezes tentamos fugir da verdade, mentir para nós mesmos e nos fazer tentar acreditar que temos o controle da situação? Quantas vezes teimamos em uma relação que a cada segundo se desgasta mais e mais? E quando o fim chega (pois ele sempre chega, se for o necessário), a gente demora a perceber que há como continuar a viver, que há novos caminhos e que há solução para esse coração partido e doído. Pouco a pouco, a vida vai nos ensinando e vai nos mostrando e lembrando de que há vida lá fora e aqui dentro, e que sempre podemos renascer e recomeçar, mesmo depois do fim!

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Junte o necessário para recomeçar e deixe o passado no passado!

Ao juntar as suas coisas para ir embora, deixe para trás a história que não teve um bom fim. Ao escolher o que levar consigo em sua bagagem nesse caminho que você traçará sozinho(a), escolha apenas o que lhe for útil, o que for te ajudar a recomeçar e a traçar esse caminho sozinho(a).

Deixe para trás os sentimentos intoxicantes, o passado, as partes de si que não ajudaram sua vida, deixe os capítulos de dor e sofrimento no lixo e feche a porta com apenas a bagagem necessária para recomeçar.

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Todo fim de relacionamento é um processo…

Todo fim de relacionamento é um processo. No início dói demais e envolve fortes emoções, no meio do caminho começamos a nos recuperar, mas a saudade ainda bate de vez em quando, e no fim do fim, já estamos mais fortes sozinhos… Mas ninguém disse que esse processo é fácil! É preciso coragem, determinação e muita paciência e amor-próprio! Não é qualquer um que sabe passar por esse processo doloroso buscando melhorar e aprender, curar a ferida e crescer a partir do que aconteça. Tenha foco, tenha calma e acredite em si, o tempo e a vida vão te ajudar a superar e, em breve, você cansará de se sentir mal e sua força e vontade de viver serão muito maiores do que qualquer tristeza!

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Não teime, aceite e enfrente o fim

Nós, seres humanos, não reagimos bem quando se trata de mudanças, nós nos apegamos facilmente e gostamos de constância e de ter o controle das coisas (ou, na verdade, ACHAR que temos o controle). E aí quando teimamos demais e tentamos seguir em frente quando a estrada está esburacada demais, a vida vem e muda tudo de lugar. A vida vem e vai, sem aviso, e muda tudo a cada minuto… E algo que já foi bom, hoje pode não ser mais… E o que podemos fazer? Precisamos aceitar, entender e olhar para aquilo com muita verdade e transparência, ouvir o que a vida tem a dizer e o que está tentando nos mostrar, mesmo que doa no início. É preciso deixar o que precisa ir embora, ir!

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Enxergar a luz na escuridão

É preciso passar pelos momentos de escuridão para que você seja capaz de enxergar que mesmo na escuridão há luz e que toda escuridão precede o amanhecer! Fins de relacionamento também funcionam assim... No início, a escuridão é a falta, a saudade, o medo, a carência, a raiva e todos os sentimentos bagunçados e misturados que sentimos. Pouco a pouco, vamos enxergando luz em nós mesmos e na vida, dando-nos coragem para continuar em frente, para levantar da cama, respirar fundo e deixar a tristeza de lado pelo menos por cinco minutos… E de cinco em cinco minutos, mais e mais, vamos nos fortalecendo e vendo que podemos sobreviver ao fim.

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Ninguém é de ferro, permita-se sentir!

A vida de ninguém é feita apenas de momentos perfeitos e é como Cecelia Ahern diz em seu livro "Ps. Eu Te Amo", se a vida fosse feita apenas de momentos perfeitos, não saberíamos o que é felicidade.

É preciso entender que relacionamentos são pequenos ciclos em nossas vidas, que vêm para nos trazer coisas, nos incentivar e estimular a crescer, a experimentar coisas diferentes, a nos ensinar a doar e receber, mas que eles têm um tempo de vida. E entender que tudo o que é bom ou já foi bom, pode chegar ao fim, dói. Afinal, somos apenas humanos! E parte de ser humano é sentir... Não só alegria, mas também tristeza. Sentir tristeza e sofrer com os fins é super desconfortável e ninguém gosta da sensação, mas isso é parte do ciclo da relação e do plano da vida. Se não houvessem momentos de sofrimento e de vazio, como saberíamos o que é ser feliz ou o que precisamos em nossas vidas para sermos felizes?

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