Frases de José Américo de Almeida
Escritor e intelectual paraibano, José Américo de Almeida chegou a ser pré-candidato à Presidência da República. Ganhou espaço na literatura com A Bagaceira, e foi o quinto ocupante da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras. Conheça o autor através de suas principais frases.
Verdade José Américo de AlmeidaHá muitas formas de dizer a verdade... Talvez a mais persuasiva seja a que tem a aparência de mentira.
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Ouro José Américo de AlmeidaDeixarei vir todo o ouro do mundo sem procurar saber donde vem, mas somente se é honesto ou suspeito.
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Paixão José Américo de AlmeidaSe escapar alguma exaltação sentimental, é a tragédia da própria realidade. A paixão só é romântica quando é falsa.
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Veja além José Américo de AlmeidaVer bem não é ver tudo: é ver o que os outros não veem.
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Naturalismo José Américo de AlmeidaO naturalismo foi uma bisbilhotice de trapeiros.
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Miséria José Américo de AlmeidaMiséria maior que morrer de sede no deserto é não ter o que comer na terra de Canaã.
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Licença poética José Américo de AlmeidaÉ um livro triste que procura a alegria. A tristeza do povo brasileiro é uma licença poética.
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Trecho José Américo de AlmeidaOutro dia fugiu-nos o sol que teria sido a única pompa de nossa parada vespertina. E caiu a chuva que sempre foi minha esperança de domador das secas. O que mais desejei, o que mais pedi, o que mais criei foi a água milagrosa para a salvação da terra esquecida do céu. Ela será sempre bem-vinda, ainda que venha contra mim. E, naquela tarde de mau tempo, matou a sede dos jardins e das hortas e a sede mais sensível dos bairros ressequidos que a esperam de torneiras escassas como esguichos de felicidade.
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Fome de ideias novas José Américo de AlmeidaOs antagonistas mais sôfregos cobram-me, a cada passo, as idéias de governo, com fome de idéias novas. De cada comício meu esperam esse nutrido cabedal, como se eu fosse capaz de fazer de um simples discurso uma maciça plataforma. A plataforma ideal não sairia feita dos livros alheios, e sim do espírito que formei. Seria a tessitura de um pensamento político: cada palavra, uma convicção; cada princípio, uma profissão de fé; cada promessa, um ponto de honra. Comporia a essência do estudo que se diluiu na meditação e se impregnou dos tons mais reais da vida. Não exprimiria o detalhe inútil; delinearia um sistema cheio, como diria Baldwin, da faculty of seeing and tracing consequence. Procurando saber o que vai acontecer para saber o que se deve fazer.
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Saudade José Américo de AlmeidaA saudade é um pouco de incerteza da separação.
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Solidão José Américo de AlmeidaA solidão entretinha intimidades desiguais.
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Alma José Américo de AlmeidaA alma semibárbara só é alma pela violência dos instintos. Interpretá-la com uma sobriedade artificial seria tirar-lhe a alma.
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Felicidade coletiva José Américo de AlmeidaPara alcançar o ideal de felicidade coletiva basta tornar o Brasil mais produtivo. Criar a prosperidade que não se tira da boca dos pobres, mas do trabalho racional.
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Abalos morais José Américo de AlmeidaOs grandes abalos morais são como as bexigas: se não matam, imunizam. Mas deixam a marca ostensiva.
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Amor José Américo de AlmeidaO amor aqui é um tudo-nada de concessão lírica ao clima e à raça. É um problema de moralidade com o preconceito da vingança privada.
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Regionalismo José Américo de AlmeidaO regionalismo é o pé-do-fogo da literatura... Mas a dor é universal, porque é uma expressão de humanidade. E nossa ficção incipiente não pode competir com os temas cultivados por uma inteligência mais requintada: só interessará por suas revelações, pela originalidade de seus aspectos despercebidos.
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Romance brasileiro José Américo de AlmeidaUm romance brasileiro sem paisagem seria como Eva expulsa do paraíso. O ponto é suprimir os lugares-comuns da natureza.
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Língua José Américo de AlmeidaA língua nacional tem rr e ss finais... Deve ser utilizada sem os plebeísmos que lhe afeiam a formação. Brasileirismo não é corruptela nem solecismo. A plebe fala errado; mas escrever é disciplinar e construir.
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Popularidade José Américo de AlmeidaNunca na minha vida corri atrás da popularidade, como meio de subir, sabendo que não subiria sem a vontade do povo, porque essa escalada seria um passo em falso. Jamais cortejei as multidões, dizendo-lhes o que não sentia, prometendo-lhes o que não podia, dando-lhes o que não devia dar. E não me passaria pela mente vencer sem a consagração plebiscitária dos movimentos de opinião.
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Povo José Américo de AlmeidaJá conquistei a convenção solene dos partidos. Só me faltava esta, ao ar livre, sem luxo, sem fogos de artifício, sem artifício nenhum. O povo que não vai às festas e vem aqui de roupa de trabalho não quer outro cenário. Fica satisfeito, debaixo do céu, revendo os quadros eternos e sempre novos da terra miraculosa e a cidade inquieta que sobe e desce, nos seus contrastes humanos. Tudo natural, tudo de graça, tudo dado por Deus para os que não podem ter fantasmagorias suntuosas.
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Literatura José Américo de AlmeidaUma porção de gente ainda foi, debaixo do aguaceiro, ensopada e delirante, ouvir-me a palavra que faltara. E a umidade da noite áspera aqueceu-se, naquele instante, de um calor de almas sinceras, que me entrou de casa adentro.
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Os problemas humanos José Américo de AlmeidaConsciências inquietas profetizam, em vozes tremendas, adventos ruidosos. Atiçam a miséria impotente, as explosões da coragem coletiva, com risco dos choques desiguais. Não percamos a esperança. Poderemos, sem maldições, sem desforras sangrentas, na paz do Senhor, atingir o ideal democrático da inteligência, da cultura, das virtudes públicas, do bom governo que é a melhor propaganda contra as subversões.
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