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Saci Pererê

Pulando em uma perna só, em trajes mínimos e facilmente adaptável às garrafas, o saci é uma das mais populares lendas do folclore nacional. É pelo carisma deste personagem que, dia 31 de outubro, também foi instaurado uma data especial para ele: o Dia do Saci. São poucos os que conhecem verdadeiramente a origem e história por trás do famoso e renomado Saci-pererê. Há quem acredite que trata-se de um demônio sexual, outros que apenas atribuem a ele os adjetivos de "divertido", "irreverente", acreditando em seu gosto por pregar peças e fazer piadas. Que tal conhecer um pouco mais sobre a história dele e ainda, enriquecer seus conhecimentos sobre a cultura nacional?

O Saci

O saci, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, matimpererê , matita perê, saci-saçurá e saci-trique, é uma personagem bastante conhecida do folclore brasileiro. Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro.


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Dia do Saci Ilustração do Saci Pererê sorrindo e segurando um cachimbo.

Em 2005, foi instituído o Dia do Saci no Brasil, comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição a influências folcloróricas estrangeiras, como o Dia das Bruxas, também conhecido como Halloween.

Faça uma bela homenagem a este personagem no Dia do Saci!
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Guardião das Sabedorias

A função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.

Como suas qualidades eram as da farmacopeia, também era atribuído, a ele, o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.


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Quando foi criado Saci Pererê Ilustração do Saci Pererê saindo de um furação no meio de um parque.

O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII ou começo do XIX.


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TV e Cinema Ator Izak Dahora interpretando o personagem Saci Pererê em um parque.

Na televisão, as séries que adaptaram a obra de Monteiro Lobato em 1977 e 2007 tiveram Romeu Evaristo e Fabrício Boliveira, respectivamente, interpretando o personagem. O cantor Jorge Benjor também encarnou o saci no especial Pirlimpimpim, de 1982. Em Pirlimpimpim 2, de 1984, foi a vez de Genivaldo dos Santos vestir a carapuça.


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Curiosidade Científica

Em 2001, uma nova espécie de dinossauro ornitísquio foi descoberta em Agudo, no Rio Grande do Sul. Como o fóssil foi encontrado sem o fêmur esquerdo, recebeu o nome de Sacisaurus agudoensis.

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Muitos Significados

A figura do saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, conforme as versões comuns ao sul.


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Colorado Mascote do Sport Club Internacional em campo

O saci é mascote do time gaúcho de futebol Sport Club Internacional.


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O Brincalhão

Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e impossíveis de serem localizados. Assim é que faz tranças nos cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias; atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas.


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Íncubo

O saci é um negro jovem de uma só perna, portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. Sobre este último caractere, é de notar-se que, já na mitologia romana, registrava Petrônio, no Satiricon, que o píleo conferia poderes ao íncubo e recompensas a quem o capturasse.

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Construção do Saci Ilustração do Saci Pererê de perfil, segurando um caximbo.

Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo e, da mitologia europeia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo. Trasgo é um ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais.


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Ziraldo

O quadrinhista Ziraldo criou em 1958 a série Turma do Pererê, em que o Saci contracena com o índio Tininim, a onça-pintada Galileu e outros personagens. As histórias foram originalmente publicadas na revista O Cruzeiro.

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Forças Armadas Brasão da Seção de Instrução Especial da Academia Militar das Agulhas Negras, com o Saci segurando um caximbo.

O saci, por suas características de esperteza e brasilidade, é o símbolo da Seção de Instrução Especial da Academia Militar das Agulhas Negras, única instituição de ensino superior do Exército Brasileiro, localizada em Resende, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.


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Monteiro Lobato

O primeiro escritor a se voltar para a figura do saci-pererê foi Monteiro Lobato, que realizou uma pesquisa entre os leitores do jornal O Estado de S. Paulo. Com o título de "Mitologia Brasílica – Inquérito sobre o Saci-Pererê", Lobato colheu respostas dos leitores do jornal que narravam as versões do mito, no ano de 1917. O resultado foi a publicação, no ano seguinte, da obra O Saci-Pererê: resultado de um inquérito, primeiro livro do escritor.

Mais tarde, em 1921, o autor voltaria a recorrer ao personagem, no livro O Saci, seu segundo trabalho dedicado à literatura infantil.

Curiosidades que vão lhe fazer dar valor à cultura brasileira!
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