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Feminismo em Comum

O livro “Feminismo em Comum – Para todas, todes e todos” é obra da filósofa, artista plástica, professora e política Márcia Tiburi, publicado pela editora Rosa dos Tempos do Grupo Editorial Record. Confira algumas citações e curiosidades sobre o livro:

O livro

“Feminismo em Comum: Para todas, todes e todos” procura levar ao leitor, com uma linguagem simples e de forma breve, em suas 126 páginas, reflexões a respeito do feminismo, bem como a compreensão do seu potencial transformador.


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Todas, todes e todos

A razão do título dá-se, segundo a autora, porque o feminismo luta por direitos de “todas” (quem luta no cotidiano são as mulheres), “todes” (porque a liberdade presente no feminismo levou pessoas a se identificarem com outras expressões de gênero e sexualidade) e “todos” (porque envolve a ideia de humanidade, de inclusão de todos os que são subjugados de alguma forma).


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O que aborda

Dentre os principais conceitos abordados no livro, encontram-se os diversos aspectos do feminismo, a misoginia, a dialogicidade do lugar de fala e de escuta, a ideologia patriarcal, identidade, a violência e o poder, minorias políticas, entre outros.


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Feminismo e sociedade

Já nas primeiras páginas, Marcia Tiburi traz a reflexão a respeito da necessidade de se aprofundar na compreensão sobre o sentido do feminismo em uma sociedade como a nossa de forma a minimizar a polêmica, o temor e rejeição que atualmente o envolve.


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Para além da indignação

A filósofa alerta para o risco de, apenas com manifestações de indignação, o feminismo se tornar só mais um ideal como tantos outros que efetivamente não alcançam o seu potencial de transformação, não gerando as consequências almejadas.


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Análise, crítica e autocrítica

Apresenta a necessidade do pensar analítico, crítico e autocrítico, respeitando o objeto da intenção reflexiva para não adentrar no “ismo” cheio de ideologias e vazio de consequências efetivas. Para a autora, o intuito da crítica não é destruir o que se deseja conhecer, mas desmontar e remontar de forma organizada tal objeto, para melhor compreendê-lo e reconstruí-lo.


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O que é o feminismo?

Define feminismo como o anseio pela democracia radical, que visa a luta pelos direitos dos que sofrem com injustiças construídas e consolidadas sistematicamente pelo patriarcado, enraizado tanto na cultura quanto nas instituições diversas, sistema este de caráter religioso, moralista e opressor, que estrutura e organiza a sociedade com o favorecimento de uns em detrimento da submissão de outros, sob pena de violência e até mesmo de morte.

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Subjugadas

O livro nos mostra que, no processo de subjugação imposto pelo patriarcado, corpos são medidos por sua utilidade: trabalho, procriação, cuidado, manutenção da vida e produção do prazer alheio. E ainda, simplesmente por serem mulheres, em diversos contextos e culturas, muitas são condenadas ao trabalho a serviço de outros que não podem ou não querem fazer o mesmo que elas.


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Marcadas

Marcia Tiburi chama a atenção para a crueldade da naturalização da condição de servidão da mulher, que ao nascer já colocam-na como um ser já predisposto, codificado para tal posição. Convencem-nas por meio da violência, física e/ou simbólica, e da sedução de que família e amor vêm em primeiro lugar.


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Identidade

“Feminismo em Comum – Para todas, todes e todos” leva-nos a refletir sobre o conceito de identidade construído pelo patriarcado, que o feminismo, em contraposição, apresenta como elemento de desconstrução de si mesmo, do direito de ser quem se é.


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Reflexão

A obra alerta ainda para a necessidade de as que se dizem feministas se questionarem se o fazem por moda ou, de fato, acreditarem no potencial transformador do movimento, que busca produzir outro desejo para além da objetificação e fetichização, que luta contra a domesticação, escravização e docilização da mulher.

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Donos da história

Em relação à história, a autora nos relata que tudo o que sabemos sobre as mulheres primeiro foi contado pelos homens, se referindo à mulher como traidoras, loucas ou más, a exemplo de Pandora e Eva, e ainda tratando-as como incapazes para o conhecimento. O termo “feminino” é um exemplo de demarcação da “estética moral ideal” construída pelo patriarcado em que a negatividade relacionada à mulher é explorada, como se o “natural” fosse a docilidade e tudo o que vai contra essa “naturalidade” é passível de repúdio.


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Consciência

Marcia Tiburi chama a atenção para o fato de a mulher não querer enxergar a verdade como escape ao sofrimento, isso só a faz participante e reforçadora da invisibilidade da qual é submetida.


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Misoginia

A obra conceitua misoginia como discurso de ódio que incumbe-se de construir uma representação negativa da mulher: visual e verbalmente, associando-a à loucura, histeria, ao “anti-natural das coisas”, discurso que manifesta-se pelas diversas formas de violência.


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Feministas

A autora enfatiza que ser feminista é lutar pela transformação da sociedade, pela não violência, pela verdadeira possibilidade de escolhas, pela cidadania e participação política nas instâncias de decisão sobre a sociedade e pelo direito de todos, não apenas no campo individual.


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