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Lições de "O Dilema das Redes"

"O Dilema das Redes" é o nome de um documentário de 2020 da Netflix que tem como objetivo promover reflexões sobre os impactos das redes sociais na vida das pessoas e, em maior escala, no futuro da humanidade. Quantas vezes você já acreditou que estava utilizando suas redes sociais de acordo com a sua vontade, vivendo em um mundo onde as pessoas concordam com o que você pensa e fazem eco aos seus pensamentos? Se isso já aconteceu, é provável que a internet tenha te transformado em um produto para anunciantes de diferentes marcas. A seguir, transforme seus hábitos com as lições do documentário e entenda como driblar a manipulação!

Conheça os especialistas Homem em foto.

Os especialistas do documentário são: Tristan Harris, ex-funcionário do Google; Justin Rosenstein, ex-engenheiro do Google e do Facebook; Tim Kendall, ex-executivo do Facebook e ex-presidente do Pinterest; Jaron Lanier, que desenvolveu a realidade virtual; Aza Raskin, ex-funcionária do Mozilla Labs e do Firefox; Shoshana Zuboff, Ph.D. em psicologia social da Universidade de Harvard; e Anna Lembke, psiquiatra que estudou o vício em tecnologia.


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Quem controla quem? Sandy Parakilas, ex-funcionário do Facebook e da Uber

“Só alguns funcionários das redes sociais entendem como os algoritmos funcionam, e mesmo eles não entendem totalmente o que vai acontecer com determinado conteúdo. Então, como humanos, quase perdemos o controle sobre esses sistemas. Como eles controlam as informações que vemos, eles nos controlam mais do que nós os controlamos.”

Entender o funcionamento dos algoritmos é um desafio até mesmo para as pessoas que os desenvolvem. A experiência de cada usuário e a entrega de conteúdos sempre será única e imprevisível, em algum grau. Nesse ponto, as máquinas podem controlar seus criadores.


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Sobre o que é “O Dilema das Redes”?

“O Dilema das Redes” é um documentário de 2020 produzido pela Netflix. Pesquisadores da área da tecnologia analisam o impacto que as redes sociais exercem sobre as relações interpessoais, sobre os hábitos de consumo da população e até sobre a democracia. Questões como discurso de ódio, fake news e teorias da conspiração ganham um grande alcance com a tecnologia, e os especialistas desvendam o papel da sociedade no combate a esses problemas.

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O produto das redes sociais Justin Rosenstein, ex-engenheiro do Google e do Facebook fundo de tecnologia de rede social digital.

“Nós somos o produto. Nossa atenção é o produto que está sendo vendido aos anunciantes.”

Ainda não foi criado um serviço gratuito que não exija algo em troca do usuário. No caso das redes sociais, nossos dados são vendidos para anunciantes de inúmeros produtos e a partir disso somos bombardeados com conteúdos que seguem a única motivação de nos fazer comprar algo.


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O significado de uma ferramenta simples Justin Rosenstein, ex-engenheiro do Facebook e do Google

“Quando estávamos criando o botão de curtir, nossa motivação era ‘nós podemos espalhar positividade e amor no mundo?’. A ideia de que, analisando os dias de hoje, adolescentes ficariam deprimidos quando não tivessem curtidas suficientes e de que isso poderia causar polarização política não passava pelas nossas cabeças.”

A ferramenta que nos possibilita curtir um conteúdo não foi criada para trazer dor e ódio, mas a sociedade transformou as funções originais em algo novo e, infelizmente, negativo. Precisamos avaliar como a internet se transformou em um instrumento de propagar o que existe de ruim na humidade, para combater esse problema em nós.


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Uma transformação será imperceptível Jaron Lanier, criador da realidade virtual

“É a mudança gradual, leve e imperceptível no seu comportamento e na sua percepção que é o produto.”

Por utilizarmos as redes sociais de forma gratuita, acreditamos que são uma ferramenta inofensiva e própria para o lazer. Porém, precisamos ser capazes de identificar como elas atuam na maneira como agimos na vida real. Quantas vezes você para a sua rotina para tirar uma foto ou compartilhar um post?

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O futuro das vidas humanas Shoshana Zuboff, professora da Universidade de Harvard Mulher falando em entrevista.

“As redes sociais são um mercado que negocia o futuro das vidas humanas.”

É possível pensar no futuro da humanidade sem a internet? Nós nos acostumamos tanto ao uso da tecnologia rotineiramente, que é como se ficar sem conexão fosse o maior problema que alguém poderia enfrentar no mundo moderno. Pense sobre como as redes conduzem sua vida e controlam seu futuro!


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Uma manipulação discreta Jaron Lanier, criador da realidade virtual

“Nós criamos um mundo no qual a conexão online se tornou a principal. Especialmente para as gerações mais jovens. No entanto, naquele mundo, sempre que duas pessoas se conectam, a única maneira de manter isso é por meio de uma terceira pessoa sorrateira, que paga para manipular essas duas pessoas.”

A manipulação está tão presente na nossa vida, que sequer nos damos conta do quanto elas são nocivas e prejudiciais para nós. Para manter contato com outras pessoas, por exemplo, é preciso que haja a intermediação das redes sociais. Abra seus olhos para o mundo que está diante de você!


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As ferramentas podem te manipular Tristan Harris, ex-funcionário do Google

“Se algo é uma ferramenta, ele está sentado ali, esperando para ser utilizado. Se algo não é uma ferramenta, está exigindo coisas de você. Está te seduzindo e manipulando. Mudamos de um ambiente de tecnologia baseado em ferramentas para um ambiente de tecnologia de vício e manipulação. A mídia social não é uma ferramenta esperando para ser usada.”

Nós acreditamos que as redes sociais nos obedecem, mas somos nós que as obedecemos. Nós utilizamos o que elas nos oferecem, compramos os produtos que elas nos mostram e adequamos nossos pensamentos ao que nos é apresentado. Precisamos nos libertar disso!

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Uma chupeta digital Tristan Harris, ex-funcionário do Google Homem dando entrevista.

“Estamos treinando e condicionando toda uma nova geração de pessoas para que, quando estiverem desconfortáveis, solitárias, incertas ou com medo, tenham uma chupeta digital para elas. Isso está atrofiando nossa própria capacidade de lidar com isso.”

Quanto mais imergimos nas redes sociais, menos somos capazes de lidar com os problemas da vida real. Acreditamos que a vida por trás das telas é o que pode realmente nos trazer felicidade, e nos distanciamos daquilo que realmente importa. Valorize o que vai além das telas!


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O lucro que está por trás de tudo Cathy O’Neil, cientista de dados

“Gosto de dizer que algoritmos são opiniões embutidas no código. E que algoritmos não são objetivos. Algoritmos são otimizados para alguma definição de sucesso. Então, se uma empresa comercial constrói um algoritmo, para a definição de sucesso dela, é um interesse comercial. Geralmente é para alcançar lucro.”

É preciso sempre investigar qual é o interesse por trás do conteúdo que uma empresa veicula. Considerando que todas elas precisam obter lucro, é provável que desenvolvam posts que atraiam seus olhares para a compra de algo. Comece a reparar na quantidade de anúncios que te cercam!


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Além do seu grupo de amigos Roger McNamee, primeiro investidor de risco do Facebook

“A maneira de pensar sobre isso é como 2,5 bilhões de ‘O Show de Truman’. Cada pessoa tem sua realidade com seus próprios fatos. Com o tempo, você tem a falsa sensação de que todos concordam com você porque todos em seu feed de notícias soam como você. Uma vez nesse estado, acontece que você é facilmente manipulado.”

Quando só acompanhamos pessoas que pensam como nós e que agem como nós, devido ao algoritmo das redes sociais, entramos em uma bolha que nos apresenta uma realidade fabricada, onde podemos ser controlados. É importante buscar outros conteúdos!

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Simples e grátis Renée Diresta, ex-chefe de polícia da Data for Democracy Mulher dando entrevista.

“As plataformas tornam possível espalhar narrativas manipuladas com muita facilidade e sem utilizar muito dinheiro.”

Com a facilidade de compartilhar um conteúdo que as redes sociais trouxeram, tornou-se muito simples e grátis difundir um tipo de discurso falso, que tem como objetivo conquistar mais pessoas para pensar de certa forma. Preste atenção aos posts que chegam até você!


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Fuja do algoritmo Jaron Lanier, criador da realidade virtual

“Nunca aceite um vídeo que foi recomendado para você no YouTube. Sempre escolha. Essa é outra maneira de lutar contra essa influência.”

Ao aceitar as recomendações das redes sociais para nós, estamos contribuindo para o desenvolvimento de um algoritmo que conduza aquilo a que vamos assistir e do que iremos gostar. Então, sempre que quiser assistir a algum conteúdo, busque por ele de forma independente, sem obedecer ao que as redes impõem.


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Fake news feitas para comover Renée Diresta, ex-chefe de polícia da Data for Democracy

“Antes de compartilhar, verifique os fatos. Analise a fonte. Faça uma pesquisa extra no Google. Se isso parece ter sido criado para ativar as suas emoções, provavelmente foi.”

Muitas fake news são veiculadas com o objetivo de comover as pessoas, mesmo que não estejam falando a verdade. Assim, fica mais fácil convencê-las de uma informação. É por isso que você deve checar os dados que compartilha!

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