Cartas para se assumir bissexual
Embora o mundo em que vivemos seja moderno, ele ainda é um lugar rodeado de antigos preconceitos. Mas é muito importante que, independentemente da sociedade em que vivemos, cada membro dela se sinta livre e confortável para ser exatamente quem é, sem temer riscos nem opressão. E quando se trata de sexualidade, muitas pessoas ainda se sentem intimidadas para se expor ao mundo, então acabam sofrendo por causa disso. Mas para vencer o preconceito é preciso ter coragem e enfrentar essas pessoas de cabeça erguida. Portanto confira cartas libertadoras para se assumir bissexual e sinta orgulho de viver a sua essência!
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Sem medo do julgamento alheioPessoal, resolvi expor a minha intimidade como parte de um processo de autoconhecimento e autoaceitação. Foi muito duro conviver com isso escondido dentro de mim, como se fosse um crime ou algo muito errado. E só de poder abrir minha boca e meu coração, vocês não imaginam o alívio que estou sentindo! Por muito tempo, me senti à margem, com a mente e o coração confusos. “Será que ser bissexual é errado?”, “será que o problema está em mim?”, “aliás, será que EU sou o problema?”. Esses foram alguns questionamentos que me dominaram por muito tempo. Hoje eu digo: basta! Quero ser livre para ser quem sou, sem medo do julgamento alheio. Gente, ruim e errado é não amar, é espalhar o ódio, é ditar padrões e aprisionar pessoas. O amor assume qualquer forma. Ele agrega, ele faz bem, ele muda o mundo. Quero que a sociedade seja capaz de experimentar esse amor todo que eu tenho dentro de mim, então tenho certeza de que o mundo será muito mais bonito.
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Algo que não lhe diz respeitoEsta é uma carta para a sociedade em geral. Não é um pedido de permissão nem uma tentativa de me encaixar ou obter aceitação. Sou eu puramente expressando meu direito de me assumir bissexual, de poder falar sobre minha orientação sem medo de provocar um caos na humanidade. Sim, porque, quando nos assumimos, algumas (ou muitas) pessoas se ofendem de tal maneira que parece que estamos mudando a ordem mundial. Que parece que a nossa bissexualidade vai mudar o status quo da vida delas. Não, meus amores, ser bissexual é algo que só compete a mim. Sua vida não vai sofrer nenhuma reviravolta. A não ser que vocês queiram se assumir também. Aí só posso dizer “de nada”, porque saberei que minha carta inspirou essa coragem em vocês. Mas, fora isso, minha orientação sexual não atrapalha a sua vida. Então sigam em frente carregando consigo o mínimo: respeito!
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Enfim, a liberdadeViver em uma sociedade que gosta de rotular e criar estereótipos, além de marginalizar aquilo que o padrão considera diferente, é uma verdadeira prisão. Por isso, quando decidi escrever esta carta, vi uma luz de liberdade cintilar no horizonte. Confesso que senti medo. E ainda sinto. É o medo que me diz que sou um ser humano e mostra que a sociedade ainda não sabe lidar com aquilo que não entende. Mas, ainda assim, aqui estou eu, assumindo minha bissexualidade e mostrando que o amor não tem uma forma estabelecida previamente. O amor é o amor, e não importa se amamos um homem ou uma mulher. O que importa é viver esse sentimento e transformar o mundo em um lugar seguro, afetuoso e que permita que todos possamos viver com nossas escolhas e orientações. Sim, porque ser bissexual não é uma escolha, é parte de quem sou, é tudo como me defino. Sociedade, você não precisa me aceitar. Basta que me respeite. E viva o amor!
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Algo natural, assim como o amorQuerida família, venho aqui comunicar a todos o que eu já deveria ter comunicado há muito tempo. Não quero que esse seja um ato solene. Quero que seja algo natural, assim como deve ser encarada toda e qualquer orientação em nossa vida. No caso, falo da minha orientação sexual — e não só disso: falo de amor, tanto da capacidade de dar amor quanto de recebê-lo. Eu sempre fui uma pessoa amada, acolhida e respeitada dentro desta família, e isso aconteceu em todas as minhas tomadas de decisão e escolhas. Hoje, a escolha é abrir para vocês e para o mundo o meu coração, a minha intimidade. Não venho pedir permissão, venho apenas celebrar a liberdade e a hora certa de me assumir bissexual. Sei que muitos não vão entender, sei que muitos vão me acolher. Mas espero que TODOS respeitem a minha vida. Amo todos vocês e, assim como o amor, a minha orientação é mais do que natural, pois faz parte da minha essência.
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Não é uma faseQuerida família, eu sei que alguns de vocês já desconfiam do tema desta carta. Mas quero deixar uma coisa bem clara: não é uma carta de confissão, não é uma satisfação que estou dando a vocês. É só a expressão da minha liberdade de ser quem eu sou, de poder me mostrar ao mundo sem medos, sem amarras e sem disfarces. Ah! E não é só uma fase, eu não vou mudar de ideia, eu não sou uma pessoa “experimentando” a vida para ver no que vai dar. Se bem que apenas experimentar também não é algo condenável. Mas eu sou esta pessoa mesmo, é a minha orientação sexual, é a minha essência: eu sou bissexual com muito orgulho, sim, porque eu não tenho vergonha de amar. Façam igual a mim: amem mais, odeiem menos! Não sintam vergonha de abrir seus corações. É lindo, é maravilhoso, é libertador. Não importa se amam homens ou mulheres, ou ambos. Apenas amem, meus queridos!
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Depois de um bom tempo…Passei anos da minha vida tentando entender o que havia de errado comigo. Fingi ser quem não sou, julguei pessoas iguais a mim, escondi meus sentimentos, sofri por amar quem “não devia”, deixei passar oportunidades de viver amores maravilhosos por medo do que a sociedade fosse pensar. É, tentei me encaixar num padrão que algum louco criou só pra ter o prazer de excluir. Eu tentei fingir que “normal” era a palavra certa para definir quem não é como eu. Mas chega! Foram anos nessa prisão – física e psicológica. Agora eu consigo ver um mundo mais aberto, disposto a entender que o padrão é uma cortina de fumaça pra esconder medos e preconceitos. Hoje eu vejo representatividade... ainda há muito a melhorar, mas quem imaginaria, décadas atrás, que poderia se assumir bissexual – ou qualquer orientação diferente de hétero? Sonho com um mundo melhor e desacorrentado. Mas hoje já consigo me assumir sem medo. Afinal de contas, por que eu teria medo de assumir o amor em sua forma mais livre?
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Não é oba-obaAos que pensam que ser bissexual é bagunça, já esclareço: estão redondamente enganados. Bagunça e promiscuidade é quando obrigamos alguém a fazer as coisas que essa pessoa não quer, ainda mais por meio de violência. E não, eu não vou passar a minha vida me relacionando com várias pessoas ao mesmo tempo – aliás, também nem vejo problema nisso, desde que todas as partes concordem e se cuidem. Eu só sou uma pessoa que sente amor por homens e mulheres, que não vê distinção no objeto do meu sentimento. Em vez de vocês ficarem preocupados com a quantidade de pessoas que podem ou não entrar na minha vida, pensem em duas coisas básicas (só pra começar): primeiro, a vida é minha. E isso até já bastaria. E segundo, eu não estou fazendo nada de errado. Estou sendo apenas eu, amando e recebendo amor. Isso não é maravilhoso? Então, sim, sou bissexual. Estou me assumindo, feliz da vida, com um alívio imenso e com o coração aberto e tranquilo!
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Não tem nenhum mistérioEu queria, hoje, pedir a todos vocês que parassem e refletissem um pouco sobre a falta de amor no mundo. Por que odiamos tanto? Por que fazemos questão de escorraçar aqueles que julgamos ser diferentes? Por que só o amor não basta? Decidi me assumir bissexual não porque o problema é dos outros, mas porque já passou da hora essa coisa de ficar escondendo sentimentos só porque não somos o padrão que alguns determinaram. Por que o meu amor não é válido? O que tem de errado alguém conseguir amar tanto um homem como uma mulher? Nosso amor não é diferente. Porque o amor é uma coisa só. Muda apenas o objeto desse amor, mas a beleza de amar, de querer bem a alguém, de se dedicar a uma pessoa… Essa beleza continua intacta. Por que, então, condenar? Sou apenas um ser que ama, assim como você. Quero andar de mãos dadas, quero fazer poesia, quero comprar um presente, quero abraçar e gritar pro mundo o meu amor. Nada do que todo mundo não faça. Gente, é apenas amor! Não tem mistério nenhum.
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Que alívio!Amados familiares, pensei muito, mas muito mesmo, antes de lhes escrever esta breve carta. Mas senti que algo não cabia mais dentro de mim. E percebi que eram várias coisas: medo, baixa autoestima, sensação de prisão e sufocamento, angústia, receio, temor... e até mesmo hipocrisia – sim, porque foram muitas as vezes em que critiquei pessoas que passavam pela mesma situação que eu. Então, sem rodeios, quero dizer a vocês que eu sou bissexual. Assim, na lata, papo reto. Só assim para tirar um peso das minhas costas. Um peso que uma sociedade preconceituosa faz a gente acumular, achando que o erro está em nós. Eu sei que sempre tive uma família carinhosa, respeitosa e acolhedora. Por isso é que me sinto à vontade para me assumir. Eu só queria esse ritual de revelação para poder descansar os meus medos. Não imaginam o alívio que sinto neste momento! Sei que alguns não vão entender, mas tenho certeza de que me respeitarão. E, por essa razão, já agradeço pela família que tenho. Amo vocês!
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Em paz comigoEscrevo esta carta em meio a lágrimas – de alegria e alívio. Sinto orgulho da minha coragem, porque meu peito ansiava por essa liberdade, por poder mostrar quem sou de verdade. Quem nunca passou por isso jamais vai entender a libertação que é se assumir bissexual. Entender que podemos amar homens e mulheres sem distinção, e que isso não é problema nem falta de amor. Falta de amor é julgar, segregar. Não preciso falar da minha sexualidade pra ninguém, porque é a minha intimidade. Mas também quero ter a liberdade de falar dessa sexualidade sem medo do julgamento e do preconceito. Me assumir bissexual não é uma carta de satisfação para o mundo. Mas sim uma carta de satisfação para mim, um gesto de carinho e autorrespeito. A força de poder me expressar sem me preocupar com a opinião alheia. E se eu pudesse dar um conselho a quem gosta de julgar, ele seria: ame mais! Entenda mais a individualidade do outro. Respeite. Eu te respeito e te perdoo. Porque estou em paz comigo e sou só amor!
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