Contos de ficção
Uma narrativa que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos, um conto. A junção de palavras que, por mais que pareçam simples, são capazes de transformar nosso ponto de vista e nos embarcar em viagens pela imaginação!
MedicinaEm uma aula de medicina legal, ministrado a alunos do curso de Direito, um respeitado professor apresentou dois cadáveres. Abriu o peito de um deles de disse:
Conheça os contos mal contados!
- Vejam, esse é o peito de um fumante, todo preto.
Abriu o tórax do outro cadáver e comparou:
- Esse é o pulmão de um não fumante, todo rosa.
Um aluno interviu dizendo:
- Sim, mas os dois estão mortos.
CopiarCompartilhar
O taxista e o VigárioO vigário toma um taxi e diz ao motorista:
- Casa paroquial.
O carro sai cantando pneus, fazendo curvas perigosas, ultrapassagens forçadas e manobras arriscadas. Como o taxista havia passado cera nos bancos traseiros, o padre ia escorregando conforme o taxista fazia curvas bruscas para a direita e para a esquerda.
O vigário reclama ao motorista:
- Pode ir mais devagar, pois não estou com tanta pressa.
- Para viajar no meu carro tem que ser macho!
Finalmente chegaram ao destino. O padre pergunta:
- Quanto lhe devo?
- Não é nada, não, senhor padre.
- Muito obrigado, meu filho, pode trazer sua mãe aqui, que eu a caso de graça...
CopiarCompartilhar
A aranha e o urubuA aranha, que estava com muita fome, não achava nada para comer. Ao ver passar um urubu, o aracnídeo pede que o leve a um lugar onde possa se alimentar.
A aranha sai voando nas costas da ave, que a deixa à beira de um rio. Para atravessá-lo, a aranha pede carona a um jacaré; o réptil quer devorá-la, mas ela consegue escapar. Já alimentada, a aranha volta feliz para seu ninho, sã e salva.
Moral da história: Em rio de jacaré, urubu voa de costas.
CopiarCompartilhar
A coruja e a raposaA coruja estava na floresta, onde chocava um ninho de corujinhas, quando encontra uma raposa e lhe pede:
- Dona raposa, eu lhe peço, por favor, não coma meus filhotes.
- E como são os seus filhotes?
- São os mais bonitos da floresta!
No dia seguinte, a coruja vê novamente a raposa:
- Mas, dona raposa, mesmo eu tendo implorado, a senhora comeu os meus filhinhos!
- Eu não! O que eu devorei foram uns passarinhos muito feios que vi por aí! - retruca a raposa.
- Pois, dona raposa, essas eram as minhas corujinhas!
Moral da história: Aos olhos da mãe, os filhos sempre são lindos.
CopiarCompartilhar
A festa no céuO macaco reúne a bicharada no meio da floresta e anuncia:
- Vai haver uma festa no céu!
E o sapo responde:
- Oba!
O macaco continua:
- Vai haver muita comida!
E o sapo, novamente:
- Oba!
- Mas há um porém: bicho de boca muito grande não entra.
- Coitadinho do jacaré! - exclama o batráquio.
Moral da história: Quem muito quer, nada tem.
CopiarCompartilhar
A festa nas alturasEntre a bicharada da floresta, espalhou-se a notícia de que haveria uma festa no céu. Como o céu fica lá no alto, só os bichos alados poderiam comparecer.
Um hábito que muda vidas, a leitura!
O sapo, não tendo asas para voar, pensou numa solução: ofereceu uma boa gorjeta ao urubu e pegou carona dentro da viola da ave.
Já no céu, qual não foi a surpresa das outras aves ao verem um sapo também na festa!
Terminada a fanfarra, o batráquio alojou-se novamente dentro da viola do urubu, voltando feliz para terra.
Moral da história: Quem não pode ir à festa de um jeito, vai da maneira que pode.
CopiarCompartilhar
A mulher mexeriqueiraO homem era casado com uma mulher que não sabia guardar segredos. Um dia, para testá-la, trouxe um ovo de pato, sem que ela soubesse.
No dia seguinte, de manhã, disse à esposa que tinha botado um ovo e pediu sigilo. A mulher jurou que nem ao padre revelaria o acontecido.
Assim que o marido saiu para trabalhar, a primeira coisa que a mulher fez foi contar à vizinha o que tinha ocorrido, pedindo-lhe segredo. A vizinha afirmou que não contaria nada a ninguém, mas revelou o fato para a outra vizinha, e assim por diante.
Ao fim do dia, o homem já havia botado dezenas de ovos, segundo se dizia na vizinhança. Furioso, deu uma surra na mulher, de deixá-la moída de pancadas, para que aprendesse a lição.
Moral da história: Quem conta um conto, aumenta um ponto.
CopiarCompartilhar
A seca no sertãoEm tempos idos, São Pedro andava pelo sertão nordestino, fazendo o bem ao povo sofrido. Mas era malquisto, e os sertanejos, maldosos, resolveram expulsá-lo.
O amor eternizado nas palavras e contos!
Para esse fim, preparam um barco, e o lançaram ao mar, com São Pedro dentro dele. Proveram a embarcação de comida, mas sem nenhuma água de beber. Com muita sede, o santo amaldiçoou os sertanejos.
- Povo ingrato, vós tereis grande seca, a qual se repetirá por muitos anos!
Moral da história: A quem paga o bem com o mal, o castigo vem a galope.
CopiarCompartilhar
O jabuti e as pedrasO jabuti foi pego pela águia, e esta, cansada de carregar tanto peso, resolveu soltá-lo sobre um monte de pedras.
- Não me jogue nas pedras, jogue-me na água! - exclamou o quelônio.
Mas a ave não atendeu seu pedido e o largou sobre as pedras. Por isso, o jabuti até hoje tem o casco fragmentado.
Moral da história: Se você quer uma coisa, não deve confiar muito em quem tem o poder de dar ou negar.
CopiarCompartilhar