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Eleições 2018

As eleições presidenciáveis de 2018 foram conturbadas e confusas para a maior parte da população, pensando nisso nós reunimos as questões mais importantes que se relacionam com todo o contexto político brasileiro para que você entenda o que aconteceu.

Panorama geral

As eleições brasileiras de 2018 foram, de longe, das mais acirradas e emocionalmente desgastantes para o nosso país, a ponto de destruir relacionamentos, dividir famílias e cortar amizades. Porém nem tudo estava muito claro na cabeça das pessoas. É realmente difícil entender o que aconteceu, devido à nossa falta de perspectiva (afinal, estamos no olho do furacão), mas é possível fazer algumas análises e explicar algumas coisas.


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O que são a esquerda e a direita

Um ponto básico muito presente na política, sobretudo nas eleições de 2018, foi o conceito de direita e esquerda. Entretanto nem todo mundo entende este conceito e pensa que direita é a ideologia do “conservadorismo, da família e da moral” e a esquerda é a ideologia do “liberalismo, da perversão e das drogas”, mas não é bem assim. Resumidamente, a direita acredita no livre mercado, ou seja, quanto menos o Estado interferir, melhor, deixando o poder nas mãos no capital, já a esquerda acredita no total poder do Estado, proibindo o mercado de atuar, já que este funciona por meio da exploração do proletariado.


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Julho de 2013

Acredita-se que o cenário político atual teve suas origens em julho de 2013, quando uma onda de protestos atravessou o país por conta do aumento da passagem do ônibus. Porém ela logo se transformou em algo mais, como dizia o sloga da época (“Não é só pelos 20 centavos”). Aqueles que protestavam reclamavam do panorama político como um todo. Isso fez com que a política virasse um assunto popular. O problema é que as ruas foram tomadas por ideias muitas vezes contrárias. A passagem de ônibus acabou não aumentando naquele ano (mas aumentou pouco tempo depois, e mais do que 20 centavos), mas foi o suficiente para plantar um grande sentimento de revolta de que talvez fosse possível mudar o país.


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Derrota de Aécio

O ano seguinte, 2014, era ano de eleição. O Brasil já havia sofrido uma derrota humilhante na Copa do Mundo (7x1 para a Alemanha), então as pessoas estavam ainda mais revoltadas. As disputas para segundo turno foram entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB); os candidatos desta disputa final impressionarem, porque, durante todo o primeiro turno, quem disputava com Dilma era Marina Silva (PSB). Dilma ganhou o segundo turno com aproximadamente 51% dos votos, o que significa que o Brasil estava extremamente dividido. Praticamente metade do país não a queria no poder. Aécio, um nome muito poderoso, começou a incitar um possível impeachment.

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Lava Jato e a corrupção brasileira

A operação Lava Jato teve início em 2014, no final do primeiro mandato de Dilma, e logo se tornou uma das maiores operações da Polícia Federal contra o governo. Muitos casos de corrupção foram sendo desmascarados e cenas dignas de novela passavam diariamente nos jornais. O brasileiro, que já se indignava com a corrupção de seu país (mesmo a conhecendo superficialmente, sem provas cabais), agora via os crimes escancarados e sua revolta e descrença no atual governo começou a aumentar cada vez mais.

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A figura de Bolsonaro

Enquanto tudo isso acontecia, começou a surgir a figura de Jair Bolsonaro, que, apesar de estar há décadas na política, seu comportamento atraía olhares somente dos setores da extrema-direita brasileira. Ele representava uma população cansada das políticas sociais apresentadas pelo governo do PT e via com saudosismo a ditadura militar. Além disso, Bolsonaro se mostrou como um “anti-político”, já que se dizia tanto contra o PT quanto contra o PSDB. Entretanto até então Bolsonaro não tinha tanta força política.


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Impeachment de Dilma

Em 2015 e em 2016 intensificam-se manifestações contra a presidenta Dilma Rousseff. As pessoas se vestem de verde-amarelo e vão às ruas, em protestos sem confrontos com a polícia. Há, na mesma medida, protestos a favor da presidenta. Entretanto, em 2016, Dilma é tirada do poder e Michel Temer, seu vice, entra no lugar. Temer, apesar de ser da mesma chapa de Dilma, é filiado ao PMDB e passa a atuar como oposição, seguindo um plano de governo totalmente diferente ao apresentado pelo PT em 2014. Uma das maiores polêmicas do presidente interino foi aprovar um teto para gastos com Educação, além de propor uma reforma trabalhista e da previdência que diminuía consideravelmente os direitos dos trabalhadores.

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Enfraquecimento da esquerda

Enquanto tudo isso acontece, a esquerda está enfraquecida. Ainda que políticos de vários partidos estejam sendo investigados pela Lava Jato, são as acusações contra o PT que ganham maior destaque na mídia. Com o PT desmoralizado, principalmente depois da prisão do ex-presidente Lula, a esquerda não consegue um novo representante à sua altura. Ciro Gomes, do PDT, tenta ganhar espaço, mas o PT insiste em manter a candidatura de Lula, que, ainda que fosse o candidato com maior intenção de votos, dificilmente conseguiria permissão da justiça para governar o país. Foi o que aconteceu e, às pressas, o partido lançou o nome de Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo.

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Fake news e o kit gay

As eleições de 2018 foram marcadas principalmente pelo uso de fake news, isto é, notícias falsas. Por mais que estas tenham atingido todos os candidatos, o mais ferido foi Haddad. De todas as notícias absurdas, a mais famosa foi a de que o ex-prefeito teria tentado implementar nas escolas o “kit gay”, um suposto material que ensinaria crianças de seis anos a fazer sexo homossexual. O Tribunal Superior Eleitoral chegou a proibir Bolsonaro de citar o kit gay, por se tratar de uma mentira, mas o presidenciável ignorou a ordem e, ao que tudo indica, não sofreu nenhuma consequência.


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A facada

No dia 6 de setembro, Bolsonaro levou uma facada durante uma passeata em Juiz de Fora - MG. O agressor foi preso em flagrante e o presidenciável foi levado ao pronto-socorro às pressas. Ficou algumas semanas afastado e, em seguida, não participou de mais nenhum debate. Desde então, suas intenções de voto, que diminuíam a cada debate, não pararam de crescer. Na oposição, há quem diga que a facada foi proposital, ainda que não haja provas concretas.


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O movimento #EleNão

Por ser uma figura polêmica e ter uma clara opinião desfavorável a mulheres, negros, indígenas, LGBTs e minorias de forma geral, Bolsonaro foi alvo de um movimento de mulheres chamado #EleNão. O movimento visava uma campanha contra o candidato e chegou a realizar grandes manifestações em todo país no dia 29 de setembro de 2018, reunindo milhões de brasileiros. Todavia o movimento não gerou muitos frutos e os números de intenção de voto a Bolsonaro continuaram crescendo.


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Caixa 2

O Jornal Folha de São Paulo publicou, uma semana antes do segundo turno das eleições, uma reportagem em que afirmava que Bolsonaro teria pagado empresas de disparo de mensagens via WhatsApp para espalhar notícias falsas, tudo isso bancado com dinheiro de Caixa 2. Bolsonaro negou as acusações e o caso foi parar no TSE, porém ainda não foi a julgamento.

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Barracas da democracia

Com quase 20 pontos percentuais de diferença em relação a Bolsonaro, e com a recusa do adversário em ir a um debate, Fernando Haddad sofria para converter votos. Porém os últimos dias antes das eleições foram marcados por campanhas de rua, em que militantes montavam espaços chamados “barracas da democracia”, oferecendo café e lanches em troca de uma conversa sobre política. A diferença entre os candidatos diminuiu consideravelmente, contudo não o suficiente. No dia 7 de outubro de 2018, Bolsonaro foi declarado o novo presidente do Brasil.


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